Há uma nova droga injetável no centro das atenções e preocupações das autoridades europeias.
A Krokodil, já informalmente classificada como a droga entorpecente mais perigosa do mundo, é de fácil sintetização e tornou-se popular entre as classes mais desfavorecidas devido ao seu baixo preço comparativamente a outras substâncias alucinógenas, descreve a revista Time.
"Isto provoca sobretudo úlceras a nível cutâneo, das mucosas, abcessos, no limite pode levar à amputação dos membros", diz Ricardo Dinis, coordenador do grupo forense da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU), em declarações à RTP. "Não conheço até à data nenhuma droga tão potente", acrescenta o especialista.
Trata-se de uma mistura de iodo, heroína, gasolina, solvente, fósforo vermelho e codeína - produtos químicos simples e de fácil aquisição no mercado.
No final dos anos 90, a Krokodil passou a ser produzida de forma clandestina na Rússia. Conhecida como "a heroína dos pobres" ou a "droga zombie", a maioria dos consumidores morre um ano depois da primeira utilização, explica a Radio France Internacionale.
O nome "Krokodil" está relacionado com a reação da pele provocada pela substância injetada, que se torna esverdeada e rugosa, semelhante à pele de crocodilo.
O organismo é incapaz de eliminar a substância, que permanece no sangue, acabando por decompor a carne e os músculos no sentido de dentro para fora. Muitas vezes, os consumidores são obrigados a amputar membros do corpo.
Segundo a RTP, em Portugal há registo de dois ou três casos. A droga é consumida por mais de 30 mil pessoas na Ucrânia, mas no país de origem, a Rússia, estima-se que haja mais de um milhão de consumidores ativos.
Ainda de acordo com a Time, uma dose da Krokodil custa "poucos euros", enquanto uma dose de heroína pode ultrapassar facilmente os 20 euros na Europa.
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