Muitas consultas médicas não urgentes serão adiadas, devido à mobilização dos chamados "médicos juniores", disse o NHS, o serviço de saúde britânico.
"O NHS preparou-se bem para esta nova greve, mas sabemos que o número de adiamentos de consultas terá um grande impacto nos cuidados de rotina (...) porque os procedimentos podem levar tempo até serem reorganizados", afirmou o diretor do NHS, Stephen Powis.
A nova mobilização começou às 7h00 locais desta quarta-feira e deve durar 72 horas, até à manhã de sábado.
No Reino Unido, os chamados "médicos juniores" ("junior doctors", no original) representam quase metade de todos os médicos hospitalares.
Em abril, os médicos organizaram quatro dias de greve, o que provocou o adiamento de quase 200 mil consultas não urgentes.
De acordo com o sindicato BMA, que representa a categoria, esses médicos perderam 26% da sua remuneração, em termos reais, desde 2008, quando foi adotado um plano de austeridade nos serviços de saúde.
O sindicato exige um aumento de 35% nos salários, reivindicação à qual o governo se opõe.
O NHS está a atravessar uma profunda crise, fragilizado pelas políticas de austeridade e pelas consequências da pandemia da COVID-19.
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