“O SNS (…) funciona em rede e o que temos de garantir é que as respostas são dadas dentro da rede (…). Bem sei que todos gostaríamos que em todo o lado fossem dadas todas as repostas. No entanto, em determinados momentos do ano, em determinadas especialidades, em determinadas áreas geográficas, pode haver necessidade - e é isso que estamos a enfrentar neste momento - de maior funcionamento em rede com concentração de respostas”, afirmou Marta Temido, quando questionada sobre o caso de Abrantes, onde as grávidas estão a ser encaminhadas para Santarém por causa do encerramento da urgência de obstetrícia.
A ministra, que falava à saída da primeira audição parlamentar regimental desta legislatura da equipa da Saúde, destacou: "Aquilo que temos que garantir é que as respostas são dadas dentro da rede do Serviço Nacional de Saúde".
"O que temos de garantir é que prestamos os cuidados com qualidade, com segurança, que as pessoas sabem onde se devem dirigir e que os fluxos de utentes são conhecidos e os reencaminhamentos feitos”, afirmou a governante, acrescentando: “É nisso (…) que se está a trabalhar ao nível da coordenação para a resposta na ginecologia e obstetrícia nas urgências e nos blocos de partos e é um trabalho que é feito normalmente pelas ARS com os hospitais. É isso que é o funcionamento em rede do SNS”.
A governante considerou ainda que “o que não é desejável é que haja interrupções imprevistas”, dizendo que isso o Governo está “procurar evitar”.
“É isso que estamos a procura evitar, sabendo exatamente quais são os constrangimentos que vão acontecer até ao final do período onde se concentram muitos períodos de férias e definindo quais os serviços que vão ficar a funcionar, sendo certo que as pessoas serão reencaminhadas e que é necessário que se saiba quais são os reencaminhamentos”, concluiu.
Sobre o encerramento da urgência de cirurgia pediátrica do Hospital de Braga, a ministra disse ter sido surpreendida com a informação nos últimos momentos da audição e que se ia inteirar das respostas que estavam preparadas.
“Vou agora inteirar-me do que está organizado como resposta e o próprio Conselho de Administração do Hospital de Braga e a Administração Regional de Saúde do Norte já deram nota sobre a questão e irão precisar qual será o modo de funcionamento”, afirmou.
A equipa da Saúde foi hoje ouvida, pela primeira vez nesta legislatura, na Comissão Parlamentar de Saúde, numa audição que durou cerca de cinco horas.
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