O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, a ministra da Saúde, Marta Temido, e representantes dos partidos políticos vão ouvir as intervenções de diversos especialistas a partir das 10:00 na sede da Autoridade Nacional do Medicamento, num encontro que já não tinha lugar desde 28 de maio.
Num momento em que o país tem registado nas últimas semanas máximos de novos casos, internamentos e óbitos desde março, quando o país deixava a pior fase da pandemia, o Governo tem reiterado que apenas vai tomar decisões após escutar os pareceres dos peritos. Contudo, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, veio garantir na segunda-feira que a política não está refém da ciência.
“A política não deve interferir na ciência, deve respeitar a ciência, mas também não está capturada nem refém da ciência. São dois âmbitos de decisão diferentes, mas com certeza muitas decisões que tomamos, ponderadas, com equilíbrio técnico, com equilíbrio político, são baseadas em suporte técnico e científico”, vincou.
Além da habitual análise da evolução epidemiológica e da monitorização de variantes do vírus SARS-CoV-2 em Portugal, sobressaem as palestras dedicadas à efetividade da vacina contra a covid-19, por Ausenda Machado, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e à avaliação de risco na era da vacinação, por Andreia Leite, da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa.
À epidemiologista Raquel Duarte, especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto que tem aconselhado o Governo em matéria de desconfinamento, cabe uma apresentação de uma proposta de continuidade para o plano de redução das medidas restritivas de controlo da pandemia. Paralelamente, o epidemiologista Henrique Barros vai apresentar as suas expectativas para o inverno de 2021.
Será também feito um ponto de situação relativo ao plano de vacinação pelo coordenador da ‘task force’, o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, num momento em que o país é o quinto da União Europeia em termos de população com a vacinação completa (51%), inclusivamente acima da média comunitária (46%).
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.301 pessoas e foram registados 954.669 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
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