Autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendaram hoje “uma pausa” na administração da vacina anti-COVID-19 de dose única Johnson & Johnson, para permitir investigar relatos de coágulos sanguíneos potencialmente associados à toma do fármaco.

O Centro para Controlo e Prevenção de Doenças e a Food and Drug Administration (entidade reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos) avançaram, numa declaração conjunta, estar a investigar coágulos sanguíneos detetados em seis mulheres nos dias a seguir a terem tomado a vacina desta farmacêutica, em combinação com contagens de plaquetas reduzidas.

Mais de 6,8 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson (J&J) foram já administradas nos Estados Unidos.

As primeiras 30 mil doses da vacina desta farmacêutica chegam a Portugal na quarta-feira, sendo esperado que o país receba, ainda durante o segundo trimestre deste ano, 1,25 milhões de doses, do total de 4,5 milhões de doses que o país deverá ter disponíveis ao longo de 2021.

A farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, começou ontem a entregar vacinas contra a COVID-19 à União Europeia (UE), de dose única, anunciou a Comissão Europeia, classificando esta como uma “boa notícia” para atingir os objetivos europeus.

“Boas notícias hoje com o início das entregas da vacina de uma só dose da Johnson & Johnson contra a covid-19 em toda a UE”, anunciou ontem a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social Twitter.

De acordo com a responsável pela tutela da saúde europeia, “isto ajudará a acelerar o acesso dos cidadãos às vacinas”, numa altura em que apenas 6,8% dos adultos europeus estão totalmente imunizados através do fármaco.

“E a garantir que atingimos o nosso objetivo de vacinar 70% da população adulta até ao verão”, adianta Stella Kyriakides na mensagem, numa alusão ao objetivo estipulado por Bruxelas relativamente às campanhas nacionais de vacinação.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas na UE pela Agência Europeia do Medicamento: Pfizer/BioNTech (Comirnaty), Moderna, Vaxzevria (novo nome da vacina da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson, que estará a partir de agora em distribuição).

Dados do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) revelam que, até ao momento, foram administradas pelos países europeus 84,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 de um total de quase 108 milhões de doses que chegaram aos Estados-membros da UE.

Esta ferramenta ‘online’ do ECDC para rastrear a vacinação da UE, que tem por base as notificações dos Estados-membros, revela também que, em termos percentuais, só 6,8% da população adulta da UE já está totalmente inoculada (com as duas doses), enquanto 16,5% recebeu a primeira dose da vacina, ainda longe da meta dos 70%.

Nesta contabilização do ECDC entram, além das vacinas aprovadas na UE, outras duas como a chinesa Sinopharm e a russa Sputnik V, cada uma com 1,1 milhões de doses administradas apenas na Hungria.

Para o segundo trimestre do ano e após um primeiro muito abaixo do esperado, a expectativa do executivo comunitário é que cheguem 360 milhões de doses à UE, principalmente da Pfizer/BioNTech (200 milhões), da Vaxzevria (70 milhões de um total de 180 milhões inicialmente acordadas), da Janssen (55 milhões) e da Moderna (35 milhões).