De acordo com esses dados, a proteção da população contra o novo coronavírus, seja pela vacinação ou pela superação da doença, chegará a 73,4% da população no dia 12 de abril, data da segunda fase da flexibilização das restrições impostas para combater o SARS-CoV-2.
Essa percentagem, segundo especialistas daquela universidade, é suficiente para dizer que há imunidade de grupo, que ocorre quando um número suficiente de indivíduos está protegido contra uma determinada infeção e age como um escudo, evitando que o vírus atinja os desprotegidos.
De acordo com os últimos dados oficiais, mais de 31 milhões de pessoas receberam a primeira dose de uma vacina contra a covid-19 e mais de cinco milhões a segunda dose.
O especialista Karl Friston, da UCL, destacou o nível de imunidade da população visto que “mais de 50% dos adultos já foram vacinados” e um alto percentual “foi exposto ao vírus”.
O jornal britânico “The Daily Telegraph”, que teve acesso a este estudo da UCL, destacou a eficácia do modelo utilizado por esta universidade porque regista em tempo real óbitos, infeções, vacinações e hospitalizações.
Na próxima segunda-feira começa a segunda fase da flexibilização das medidas de restrição na Inglaterra, com a reabertura do comércio não essencial, cabeleireiros, salões de beleza ou ginásios.
A primeira fase da flexibilização das restrições teve início em 29 de março, quando terminou a recomendação de não sair de casa, enquanto a terceira fase está prevista para 17 de maio, com a retomada dos voos internacionais.
O Reino Unido está a vacinar com os medicamentos da BioNTech/Pfizer e da Oxford/AstraZeneca, enquanto o País de Gales começou a imunizar esta semana com a vacina da Moderna.
No entanto, reguladores britânicos recomendaram na quarta-feira não usar a vacina da AstraZeneca para pessoas com menos de 30 anos devido à possível ligação entre o medicamento e casos raros de coágulos sanguíneos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.874.984 mortos no mundo, resultantes de mais de 132,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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