Cientistas do National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos analisaram autópsias de 44 pessoas não vacinadas que morreram e que tinham sido contagiadas com o vírus SARS-CoV-2 e desenvolvido COVID Longa.
O estudo publicado na revista de alto impacto Nature salienta que os cientistas estudaram a presença de vestígios do coronavírus em 85 locais e fluidos corporais diferentes.
Em pelo menos 79 dessas locais, os investigares encontraram sinais abundantes de replicação viral, mostrando que o agente patogénico se espalhou por tecidos respiratórios e não-respiratórios sem distinção, ainda que a infeção se comporte de maneiras diferentes em cada local.
No cérebro, por exemplo, resquícios do vírus da COVID-19 apareceram numa autópsia feita 230 dias após começarem os sintomas.
"Os nossos dados apontam que, em alguns pacientes, o SARS-CoV-2 pode causar infeção sistémica e persistir no corpo por meses", explicam os investigadores no estudo.
Para além do cérebro e pulmões, outros locais do corpo humano onde o vírus também foi encontrado incluíam o coração, fígado e cólon.
Nova onda de infeções
Várias províncias e cidades da China anunciaram que a onda de infeções por COVID-19 atingiu já o seu pico, incluindo Henan (centro), Jiangsu (leste), Zhejiang (sudeste), Guangdong (sul) e Sichuan (oeste).
A China, que tem 1,4 mil milhões de habitantes, registou, oficialmente, apenas 30 mortes por COVID-19, desde o levantamento das restrições sanitárias em dezembro passado, apesar de uma vaga de casos sem precedentes no país.
A rápida propagação do vírus em todo o país lançou dúvidas sobre os números oficiais, que relataram apenas um punhado de mortes recentes pela doença, apesar de localidades e províncias estimarem que uma proporção significativa das suas populações - em alguns casos, até 90% - ter já sido infetada.
Estes números não refletem a situação para muitos especialistas e para a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A COVID-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.
A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.
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