Em comunicado, a Associação Sindical dos Funcionários (ASF/ASAE) diz que tem alertado a direção da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e o Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor “para a perigosidade da falta de orçamento”, acrescentando que foi montada uma “campanha de marketing sobre o bom funcionamento da ASAE que em nada corresponde à realidade”.
Atualmente, acrescenta o comunicado da estrutura sindical, “existem processos-crime relacionados com a Segurança Alimentar, delegados na ASAE por determinação do Ministério Público, parados há mais de meio ano pelo facto do laboratório não ter capacidade para a realização de exames/perícias necessárias para o apuramento dos factos”.
No caso da intoxicação alimentar de 70 crianças em Beja, ocorrida na sexta-feira, a associação refere que foi impossível fazer análises aos géneros alimentícios no Laboratório de Segurança Alimentar, “por falta de reagentes e outros consumíveis, tendo sido necessário recorrer a outra entidade”.
Na ocasião, a ASAE indicou que além de 240 ovos com validade expirada, foram apreendidos 40 quilos de produtos alimentares, por suspeita de não estarem em boas condições para consumo e recolhidas oito amostras dos alimentos que eram confecionados no centro cultural, que constavam na ementa semanal, para serem analisados pelo laboratório de segurança alimentar.
No ano passado foi feito um investimento de um milhão de euros, provenientes de fundos comunitários, para a modernização do laboratório, mas este equipamento “continua a definhar em cada dia que passa, não usufruindo das suas capacidades nem tão pouco para tirar dividendos através das receitas que poderiam advir do mesmo”, frisa a associação.
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