Quando utiliza uma bomba de insulina, “pode escolher o tipo de bólus que é administrado”, explica a assistente hospitalar graduada de Endocrinologia do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Assim, pode optar por um bólus padrão ou standard, um bólus quadrado ou prolongado e um bólus bifásico, onda dupla ou multionda.

Na diabetes tipo 1, “é muito importante que contabilize os hidratos de carbono que vai ingerir, para decidir a quantidade de insulina a administrar”, frisa a médica. Contudo, a velocidade de absorção e a variação da glicémia vão também depender “do tipo de hidratos de carbono e de outros componentes do alimento, como a quantidade de proteínas, gorduras ou fibras”.

O bólus padrão ou standard é adequado para “refeições ricas em hidratos de carbono e com quantidades pequenas a moderadas de proteínas e gorduras” e, também, para “correção de uma hiperglicemia”.

“No caso de refeições muito ricas em gorduras e proteínas e muito pobres em hidratos de carbono, pode optar por um bólus prolongado ou quadrado. No caso desta refeição, mas com uma hiperglicemia pré-prandial, então deve optar por um bólus bifásico.”

“O bólus bifásico também é adequado para refeições ricas em gorduras e proteínas, mas que, para além disso, também são ricas em hidratos de carbono.”

A endocrinologista termina o vídeo do GETAD (Grupo de Estudos de Tecnologias Avançadas em Diabetes), publicado no canal de Youtube da Sociedade Portuguesa de Diabetologia no passado dia 10 de dezembro, com uma nota importante: “O que referimos são regras gerais. Todos os bólus devem ser adaptados individualmente, a cada pessoa com diabetes”.

HN/Rita Antunes