Neste evento será apresentado o papel da tele-saúde no Sistema Nacional de Saúde, os benefícios do recurso à tele-saúde nos casos de insuficiência cardíaca, as melhores práticas na tele-saúde e ainda o crescimento da tele-saúde na Europa, bem como os ganhos financeiros conseguidos pela implementação da mesma, este último pela voz e experiência de Frederic Lievens, vice-diretor executivo da Sociedade Internacional para Telemedicina e eHealth (ISfTeH). O programa completo pode ser consultado aqui.
Teresa Magalhães, presidente da Comissão Executiva do Hospital da Cruz Vermelha Portugal e investigadora nas áreas de sistemas de informação na Saúde, vai partilhar a experiência portuguesa na área da tele-saúde e revelar como implementou o primeiro programa integrado de tele-monitorização da insuficiência cardíaca no Hospital de Santa Maria.
“A tele-saúde, apesar de ter um conceito centrado na monitorização remota, é na verdade uma ferramenta que consegue uma maior proximidade entre o doente e os profissionais de saúde, facilitando o acesso e conseguindo cuidados mais centrados no doente”, explica Teresa Magalhães
Destaca: “a tele-saúde pode ser o braço direito do Sistema Nacional de Saúde, mas é preciso combater a falta de literacia da população, através do envolvimento das equipas de profissionais no ensino aos doentes da sua condição de doença e no que podem beneficiar com este suporte tecnológico”.
O recurso crescente à tele-saúde como princípio de promoção do acesso à saúde foi definido como estratégico no âmbito da Estratégia Nacional para o Ecossistema de Informação de Saúde 2020. A tele-saúde é reconhecida como um exemplo de inovação disruptiva que tem um impacto positivo na forma como os profissionais de saúde e o próprio sistema de saúde interage com os doentes, sendo inclusive considerada a segunda tecnologia com maior potencial de inovação disruptiva a seguir à inteligência artificial.
Vários estudos apontam que a tele-saúde tem um impacto benéfico nas listas de espera, na necessidade de hospitalizações, na qualidade de vida do doente e até no seu risco de mortalidade. É considerada uma ferramenta-chave para providenciar cobertura de saúde universal e para uma melhor integração de cuidados, em especial em condições de doenças crónicas, que afetam grande parte da população envelhecida.
No simpósio "Telehealth for chronic diseases: Integrated patient-centric solutions", João Agostinho, do Hospital de Santa Maria, também falará sobre o programa integrado de tele-saúde implementado no Hospital de Santa Maria, enquanto João Pereira, gestor de produto, abordará as melhores práticas e experiências operacionais na tele-saúde já implementadas em Portugal.
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