“Estou ansioso para (participar) no debate da noite de quinta-feira, 15 de outubro, em Miami. Vai ser ótimo!”, escreveu Trump na sua conta pessoal da rede social Twitter, insistindo que se está a “sentir fantástico!”.
Apesar de o seu médico pessoal, Sean Conley, ter que ainda não estava fora de perigo, depois de ter sido internado no hospital militar Walter Reed port por ter testado positivo a covid-19, na passada sexta-feira, Trump teve alta na segunda-feira e saiu do hospital.
O Presidente deverá agora recuperar na Casa Branca, onde o alcance do surto que infetou os mais altos escalões do Governo ainda está a ser investigado pelas autoridades de saúde.
A um mês das eleições presidenciais e ainda com dois debates televisivos para realizar, nos dia 15 e 22 de outubro, Trump esclarece que está pronto para enfrentar o seu adversário democrata e que a sua situação de saúde está estável.
Na segunda-feira, minutos antes de ter alta e ter abandonado o Walter Reed, Trump já tinha dito que poderia ter saído do hospital mais cedo e que as pessoas não deveriam temer a pandemia de covid-19.
“Não tenham medo. Vocês vão vencê-lo (o novo coronavírus). Temos o melhor equipamento médico, temos os melhores medicamentos”, escreveu o Presidente no Twitter, numa mensagem muito criticada pelos seus opositores, que usaram as redes sociais para lembrar que nem todos os norte-americanos têm acesso aos cuidados médicos do Presidente.
“Muitas pessoas todos os anos, às vezes mais de 100.000 e apesar da vacina, morrem de gripe”, disse o Presidente numa das várias mensagens no Twitter, onde voltou a desvalorizar a pandemia, aproveitando para criticar a candidatura de Joe Biden, que acusa de querer voltar a fechar o país para controlar a crise sanitária.
“Vamos fechar o nosso país? Não. Aprendemos a conviver com isto”, concluiu o Presidente.
Mas esta mensagem de Trump acontece quando o seu Governo tem encorajado os norte-americanos a tomar precauções para controlar a pandemia, à medida que os casos de contaminação avançam de forma volumosa, com dezenas de milhares de casos novos diários e mais de 200.000 mil mortes registadas.
A mensagem de hoje de Trump relança a polémica sobre a gestão da pandemia por parte do Governo dos EUA, que tem sido um dos temas principais desta campanha presidencial, devendo continuar a ser uma das divergências entre Trump e Biden nos próximos debates.
Ainda por esclarecer está a questão das regras dos dois debates restantes, após um primeiro confronto muito criticado por ter permitido que os candidatos se interrompessem constantemente.
A comissão responsável pela gestão dos debates já anunciou que está a negociar novas regras com as direções de campanha do Partido Republicano e do Partido Democrata, mas Donald Trump já disse que não aceitará uma remodelação do modelo.
“Por que havia eu de aceitar alterações para os próximos debates, se ganhei o primeiro, de longe?”, interrogava Trump, na sua conta de Twitter.
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