O executivo europeu estabeleceu anteriormente a meta da imunização de 70% dos adultos nos países do bloco no fim do verão.

"Tenho confiança que teremos doses suficientes para vacinar 70% dos adultos europeus até ao mês de julho", disse Von der Leyen durante uma visita a uma fábrica de vacinas da Pfizer/BioNTech.

De acordo com Von der Leyen, a UE deve concluir "nos próximos dias" um novo contrato com a empresa para obter 1,8 mil milhões de doses adicionais em 2022 e 2023.

A vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech é mais cara do que os outros imunizantes para combater a pandemia de coronavírus, mas o seu método de ARN mensageiro é uma das bases da estratégia da UE para enfrentar variantes da COVID-19.

Como funcionam as vacinas com ARN mensageiro?

Mais 410 milhões de doses

O comissário europeu do Mercado Interno também afirmou hoje que o aumento da produção na Europa vai permitir disponibilizar 410 milhões de vacinas aos Estados-membros neste segundo trimestre, assegurando o objetivo de vacinar 70% dos adultos até julho.

"No segundo trimestre, teremos 410 milhões de doses de vacinas [contra a covid-19] que serão fornecidas a todos os Estados-membros. Vamos multiplicar o número de vacinas por quatro, o que dá uma boa noção desta aceleração" da produção do fármaco na União Europeia (UE), avançou Thierry Breton numa audição conjunta na Comissão de Assuntos Europeus, na Comissão de Saúde e na Comissão Eventual.

Com o surgimento da pandemia, os 27 países da UE decidiram conceder o poder negociador unificado à Comissão Europeia para obter vacinas para todos, embora inicialmente as campanhas de imunização tenham encontrado dificuldades de distribuição.

No entanto, Von der Leyen agradeceu nesta sexta-feira à Pfizer/BioNTech e à empresa subsidiária que produz as vacinas em Puurs, no norte da Bélgica, pelo "enorme esforço" para adaptar a sua logística.

Na sua visita à fábrica, acompanhada pelo diretor gerente da Pfizer, Albert Bourla, Von der Leyen fez referências ao laboratório como um "parceiro confiável".

A frase foi interpretada como uma indireta ao laboratório AstraZeneca, com o qual a UE mantém uma relação extremamente difícil, devido aos atrasos nas entregas das vacinas negociadas nos contratos.

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