As nações ricas quadruplicaram o financiamento de programas de saúde nos países pobres entre 1990 e 2010, fundamentalmente graças à maior consciencialização da necessidade de lutar contra o VIH/SIDA, indica um relatório divulgado esta terça-feira nos Estados Unidos.
A pesquisa do Instituto de Métrica e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington revela que a ajuda ao desenvolvimento de programas de saúde passou de 5,66 mil milhões de dólares em 1990 para 26,87 mil milhões de dólares este ano.
O gasto nos programas do VIH/SIDA foi de 6.160, ou quase um quarto do financiamento total, assinala o relatório divulgado na véspera do Dia Mundial de Combate à SIDA.
A pandemia da SIDA, que tirou a vida a 25 milhões de pessoas desde o seu surgimento em 1981, é um dos motivos do aumento do financiamento dos países ricos para os programas globais de saúde, afirmou à AFP Chris Murray, principal autor do relatório. "Até começar a pandemia do VIH, não tínhamos esta repentina explosão de financiamento para a saúde global", afirma Murray.
O aumento do financiamento na saúde dos países em desenvolvimento foi alimentado em parte por um sentido de "indignação de muitas pessoas no Ocidente” pelo facto de o tratamento só ser acessível a quem tivesse dinheiro. "Isso e a presença de um activismo de luta contra a SIDA muito eficaz foram os grandes promotores da expansão do financiamento de programas globais de saúde nos países de altos rendimentos", acrescentou.
30 de Novembro de 2010
Fonte: @AFP/SAPO
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