Durante a menopausa, um processo fisiológico traumático para muitas mulheres, ocorre uma diminuição da produção das hormonas, nomeadamente de estrogénios e de progesterona, que são responsáveis pelo controlo do açúcar no sangue, do dispêndio energético, pela manutenção da massa óssea e gestão do apetite. O seu decréscimo natural explica o aumento da fome e do desejo por alimentos mais calóricos e doces e, em suma, também a tendência para engordar.
A progesterona é a primeira hormona a diminuir quando surge esta fase. Essa situação pode ocorrer logo a partir dos 35 anos, como por vezes sucede com muitas mulheres, dificultando o processo de controlo do peso feminino. A partir dos 40 anos, os défices hormonais aumentam, condicionando ainda mais a gestão do peso das mulheres. Mediante a avaliação individual dos défices existentes, inúmeros especialistas defendem a suplementação hormonal nesta fase.
"À mesa, devem ser evitados alimentos muito processados, como os hidratos de carbono sem fibra, pois potenciam a fome, devendo optar-se por alimentos saciantes, como as fontes de proteína magra da carne e do peixe e a gordura insaturada dos peixes gordos, dos frutos secos, do azeite e dos óleos vegetais", recomenda a fisiologista da gestão do peso Teresa Branco. Esses cuidados devem, contudo, ser complementados com a prática regular de atividade desportiva.
"O exercício aeróbico, nomeadamente a aeróbica ou até o step, pelo facto de aumentarem o dispêndio energético, tal como os exercícios com cargas adicionais, realizados em salas de musculação, por aumentarem a massa muscular e a massa óssea, são os mais adequados", acrescenta ainda. No início de 2020, uma equipa de investigadores revelou ter descoberto uma técnica capaz de apurar em que altura é que as mulheres poderão ter a última menstruação.
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