"Todas as dietas alimentares devem ser personalizadas, uma vez que todos nós temos necessidades nutricionais diferentes, que dependem, entre outros fatores, da nossa idade e da nossa composição corporal", começa por explicar a nutricionista Ana Rita Lopes.
"Além disso, todos nós temos hábitos e preferências alimentares diversas, o que numa dieta deve ser sempre tido em conta, aproximando-a, tanto quanto possível da realidade de cada pessoa", refere a especialista.
Aspetos-chave
Alguns dos aspetos-chave a ter em conta na elaboração de uma dieta são o objetivo da dieta, a composição corporal, o cálculo das necessidades nutricionais individuais, os antecedentes pessoais, possíveis alergias/intolerâncias alimentares, hábitos alimentares e de atividade física, a profissão, rotina e os horários. "Existem dietas com variadíssimos objetivos, desde a perda ao aumento ponderal, à melhoria da performance desportiva, ao controlo de doenças metabólicas, como a diabetes, entre outros", acrescenta Ana Rita Lopes.
O segredo está em aprender a gostar de comer bem
Em Portugal, mais de metade da população tem excesso de peso e só 27% pratica exercício todos os dias. As conclusões são do Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, revelado em março deste ano.
Quando falamos em dietas de perda de peso, um aspeto que todas têm em comum é uma restrição calórica relativamente ao que é habitualmente ingerido. "Contudo, deve ser sempre uma dieta equilibrada e com uma restrição alimentar não excessiva, que não comprometa a aporte de nutrientes essenciais, no dia-a-dia, para o bom funcionamento do organismo", alerta a nutricionista.
As dietas generalistas Paleo, Atkins, Dukan
Praticamente todos os meses surgem dietas e métodos nutricionais novos. Depois da Vegan e da Paleo, já surgiu a Atktins, a Dukan, a dieta dos dois dias e dos 21 dias e até o jejum interminente ficou na moda.
"Não é que estas dietas não resultem, mas têm um grande fator contra que se baseia no facto de não serem personalizadas. São na maioria das vezes dietas muito restritivas ao nível de alguns nutrientes e que não devem ser praticadas por todas as pessoas, especialmente pessoas não saudáveis, sob pena de terem repercussões na sua saúde", comenta a nutricionista. "De qualquer forma, qualquer tipo de dieta que se pretenda realizar, deve ser sempre feita com acompanhamento médico/nutricional", acrescenta.
A nutricionista alerta ainda que não se pode encarar a alimentação e a dieta como algo com um prazo definido, em que depois de atingir o objetivo, pode voltar a comer tudo o que comia anteriormente. "Pensar desta forma é errado e se o fizer é bem provável que recupere o peso que perdeu. O segredo está em aprender a gostar de comer bem", conclui.
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