Diga não a tudo que não é essencial e aumente a sua produtividade. É tão simples como isto! O britânico Greg McKeown, especialista em liderança e estratégia nascido em Londres em 1977, autor do essencialismo, assegura que podemos ser mais produtivos no nosso dia a dia se conseguirmos distinguir as tarefas verdadeiramente importantes das que não o são, abdicando delas para investir no que é realmente fundamental.

Por ser um essencialista, Greg McKeown não tem dúvidas no momento de decidir. Quando está em família, escolhe brincar com os filhos no trampolim em vez de ir a um evento de trabalho. Um dia por semana, não consulta qualquer rede social, para estar mais presente em casa. Recusa convites para ser orador para sair à noite com a mulher. Em 2013, disse não a alguns trabalhos internacionais para poder escrever o livro.

Para além disso, não vê televisão nem filmes quando viaja em negócios para ter tempo para pensar. Em tempos, trocava o tempo que passa no Facebook por um telefonema para o avô, na altura com 93 anos. Para além disso, recusou uma oferta para ser professor na Universidade de Stanford, na Califórnia, nos Estados Unidos da América, para ter tempo para espalhar a mensagem do essencialismo e estar com a família.

O que distingue um essencialista de um não-essencialista

O essencialista pensa menos mas melhor e faz escolhas. Para ele, só algumas coisas importam, pelo que há uma série de concessões que tem de fazer. Além disso, procura, no quotidiano, fazer uma busca disciplinada do menos e também uma pausa para distinguir o que é realmente importante.

Por norma, diz não a tudo, exceto o essencial e elimina obstáculos para tornar fácil a execução. Com isso, consegue viver uma vida que é realmente importante, escolhe cuidadosamente para poder fazer um excelente trabalho e sente-se com controlo. Como tal, faz as coisas certas e tem prazer no processo.

O não-essencialista, por seu lado, pensa tudo para toda a gente. Para ele, tudo é importante. Conseguir encaixar tudo é uma das suas ambições. No dia a dia, faz a procura indisciplinada do menos, reage ao que é mais urgente e, por norma, diz que sim às pessoas, muitas das vezes sem pensar. Para além disso, tenta forçar a execução de última hora. Com isso, vive uma vida que não satisfaz e sofre as consequências.

Como aceita muita coisa, o trabalho ressente-se. A ansiedade, o stresse e a insatisfação instalam-e e, como tal, o indivíduo sente-se descontrolado. Muitas das vezes, não sabe se as coisas certas foram feitas e, em consequência disso, sente-se assoberbado e exausto. "Tenha sempre em mente que, se não estabelecer prioridades na sua vida, alguém o fará por isso", alertou já publicamente Greg McKeown. A escolha é sua!

Texto: Rita Caetano