Renováveis

Os recursos são renováveis porque são retirados de elementos que a natureza fornece em abundância, são teoricamente inesgotáveis e contribuem para a sustentabilidade do planeta.

Solar: A energia solar é derivada do sol, uma fonte inesgotável e abundante. Além disso, não gera poluentes ou emissões de gases de efeito estufa durante sua produção de eletricidade. Há dois tipos de energia solar, a Energia Solar Fotovoltaica que converte a luz solar diretamente em eletricidade através de células fotovoltaicas e a Energia Solar

Térmica que utiliza a radiação solar para aquecer um fluido, que pode ser água ou outro líquido, para uso direto ou para geração de energia elétrica através de vapor que aciona uma turbina. A energia solar é uma das soluções energéticas que mais compensa a médio e longo prazo, a nível de poupança financeira e sustentabilidade.

Eólica: A energia eólica é a energia gerada pelo movimento do ar (vento) que é posteriormente transformada em eletricidade através de aerogeradores, também conhecidas como turbinas eólicas.

Esta energia é recolhida por centrais e parques eólicos onshore (instalados em terra) e offshore (colocados no mar), em locais onde o vento atinge uma velocidade média anual superior a 6 m/s, como em zonas costeiras ou serras. Atualmente, já são algumas as empresas que têm vindo a desenvolver soluções eólicas residenciais, como aerogeradores domésticos. A energia eólica representa cerca de um quarto da eletricidade consumida em Portugal.

Geotérmica: Não só na superfície da Terra se conseguem encontrar recursos energéticos. Este tipo de energia vem do calor do interior do planeta, onde a temperatura é altíssima, nomeadamente em locais com atividade vulcânica, como os Açores. A energia geotérmica está disponível de forma mais constante a qualquer altura do dia e da estação do ano, sendo uma alternativa promissora para a diversificação da matriz energética. À semelhança da energia solar, é utilizada em estufas, bombas de calor, termas e para aquecer ou arrefecer edifícios.

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Hídrica: A energia hídrica é gerada a partir do movimento da água, em centrais hidroelétricas, como barragens, reservatórios, túneis, turbinas e geradores, que utilizam massas de água dos rios e lagos para produzir eletricidade de forma não poluente. Esta água é captada através do seu fluxo natural ou armazenada em albufeiras, como as barragens com que estamos familiarizados. Este é um dos métodos mais eficientes de obter energia, sendo 30% da eletricidade consumida em Portugal de origem hídrica.

Ondas e marés: O movimento das ondas e a oscilação das marés são outra forma de obter energia, pois a sua força consegue colocar turbinas instaladas no mar a funcionar, gerando energia cinética (energia que um objeto possui devido ao seu próprio movimento). Por sua vez, essa turbina produz eletricidade, devido à sua tecnologia de câmaras de ar. Com a entrada da onda na câmara, o ar que já lá se encontrava é libertado. De seguida, quando a onda recua e sai da câmara, o ar volta a entrar. Este ciclo é o que faz as turbinas girarem e gerarem energia elétrica. Os portugueses foram os pioneiros no aproveitamento das ondas e marés, tendo construído, na Ilha do Pico (Açores), a primeira central do mundo para a produção regular de eletricidade a partir desta fonte de energia.

Biomassa: Por biomassa compreende-se toda a matéria orgânica, animal ou vegetal, passível de ser usada para gerar energia em qualquer um dos seus estados (sólido, líquido ou gasoso). A sua transformação em eletricidade ou calor é efetuada mediante a queima de resíduos urbanos biodegradáveis e subprodutos da floresta, agricultura, pecuária e da indústria do papel e da madeira. Apesar de libertar dióxido de carbono (CO2), a quantidade é mínima comparada com os combustíveis fósseis Além disso, como provém de matéria orgânica e viva que “cresce naturalmente” e absorve o CO2 da atmosfera no processo, é uma fonte energia abundante e inesgotável e por isso considerada renovável.

Não renováveis

Os recursos não renováveis destacam-se por levarem milhões de anos a formarem-se na natureza a partir de sedimentos de animais e plantas, sendo por isso demorada a sua reposição e consequentemente considerados finitos. A conversão destes recursos em energia liberta grandes quantidades de C02 para a atmosfera.

 Petróleo: Ao processo de separação do petróleo bruto - um óleo mineral constituído, maioritariamente, por hidrocarbonetos, que são altamente poluentes - em vários componentes dá-se o nome de refinação. Este é o procedimento que permite que o petróleo seja aproveitado para obter gás butano e propano, e combustível para veículos, como gases de petróleo liquefeitos (GPL), gasolina e gasóleo, recursos ainda muito importantes para a nossa vida quotidiana e economia. Este recurso encontra-se na natureza numa quantidade limitada e tem vindo a extinguir-se: estima-se que, nos próximos 30 a 40 anos, as reservas planetárias de petróleo se esgotem, caso os humanos continuem a explorar este recurso ao atual ritmo acelerado.

Gás Natural: Este combustível fóssil, tal como o petróleo, é extraído de jazidas subterrâneas, mas não precisa ser refinado. A sua constituição de moléculas de carbono e hidrogénio tornam este recurso o mais limpo, dentro dos não renováveis, dado que apenas produz dióxido de carbono e uma quantidade de óxido de azoto muito inferior à de qualquer derivado do petróleo. As redes de distribuição de gás natural, em Portugal, recebem esta fonte de energia diretamente dos gasodutos, que o adquirem da Argélia.

Carvão: A exploração de jazidas de carvão - uma rocha orgânica com propriedades combustíveis, composta principalmente por carbono - é praticada por mais de 50 países, nomeadamente, China, os Estados Unidos, a Austrália, a Rússia e a Indonésia, os grandes produtores de carvão mineral do mundo. Esta fonte de energia é das mais poluentes, uma vez que a combustão de carvão é dos processos que mais liberta dióxido de carbono e de enxofre, óxido de azoto e cinzas, quando comparado com os métodos referidos anteriormente.

Nuclear: A energia nuclear deriva da fissão dos átomos do urânio, ou seja, da repartição deste mineral em dois núcleos quase iguais, ou da fusão nuclear de átomos leves, que se resume à formação de um núcleo pesado, oriundo da união de dois núcleos leves. Estes procedimentos libertam energia que, depois, é aproveitada para gerar energia elétrica. Esta fonte de energia é considerada não renovável porque depende de urânio, que tem de ser extraído e não é regenerado.  O processo de conversão da energia nuclear tem consideravelmente menos impacto ambiental que as outras energias não renováveis, com os benefícios de poder ser gerada em qualquer altura do ano e do dia e de forma contínua. No entanto, os riscos associados à energia nuclear tornam esta fonte de energia pouco consensual e, atualmente, em Portugal não existem centrais nucleares.

Agora que conhece os diferentes tipos de energias (renováveis e não renováveis) apresentados Bling Energy e compreende o que a Terra tem para nos oferecer, pode tomar decisões mais conscientes quanto à utilização que faz dos recursos naturais.

Imagem de abertura do artigo cedida por Freepik.