De acordo com um estudo científico internacional divulgado por uma publicação especializada, as francesas consideram que o sexo oral aproxima mais um casal do que o sexo penetrativo. São, no entanto, das poucas. Muitas mulheres, à semelhança de inúmeros homens, menosprezam esta prática sexual. Nos dias que correm, o assunto continua a ser tabu para muitos casais. A ideia de proporcionar e/ou obter prazer através de órgãos que também integram o sistema urinário é, para muitos, um problema.

Para além do nojo subjacente à alegada falta de higiene do pénis ou da vagina, o receio de doenças é, segundo os autores da investigação, outro entrave. No caso das mulheres, o receio de magoar o pénis do parceiro sexual com os dentes também foi apontado. "A aversão ao sexo oral é muito comum, tanto de o fazer como de o receber", sublinha Jacqueline Hellyer, uma reputada terapeuta sexual australiana que também tem trabalhado como conselheira matrimonial ao longo das últimas décadas.

Os perigos do sexo oral e do sexo anal
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"Podem ser várias as razões, nomeadamente terem tido uma experiência desagradável no passado, mas também receios quanto à higiene ou à adequação. Muitas pessoas não acham este tipo de sexo adequado. No caso dos homens, alguns não têm quaisquer problemas em recebê-lo ou até mesmo praticá-lo numa relação ocasional mas não pensam da mesma maneira no que refere à mulher que é ou que consideram que pode vir a ser a mãe dos seus filhos", refere Jacqueline Hellyer. "É importante perceber de onde é que essa aversão ao sexo oral vem. Se cresceu com a ideia de que é algo errado ou uma coisa suja, tem de interiorizar rapidamente que não é assim", defende a especialista.

No caso de não gostar de pelos púbicos, deve, segundo a terapeuta sexual, pedir ao seu parceiro para os remover. "Se os receios se prenderem com a higiene e com o mau cheiro, podem fazê-lo no duche, mas é importante que falem abertamente sobre o assunto para encontrarem uma forma de o fazer que agrade aos dois", sublinha a australiana. Como acontece em qualquer tipo de atividade sexual, o sexo oral melhora se falar sobre ele e se o seu parceiro lhe explicar o que quer e como quer que seja feito.

Se a mulher gostar de o praticar, o homem ficará de tal modo excitado que não terá a coragem de lhe dizer o que é que ela não está a fazer bem. Sexo oral, neste caso, não significa apenas colocar o pénis na boca, acariciá-lo com a língua e abaná-lo um pouco. Existem diversos métodos e técnicas. Escolher uma posição apropriada para não sentir dores no pescoço é um dos cuidados a ter, tanto no caso delas como no caso deles. Tente ser prática e não se prenda demasiado com a estética da posição.

Alguns homens gostam de dedicar a sua atenção às zonas erógenas femininas durante o sexo oral. Nesse caso, é recomendado escolher a posição 69, com o homem deitado sobre um dos lados e a mulher ao seu lado no sentido oposto. Quando quiser dar prazer só ao seu companheiro, encontre uma posição em que não precise de se apoiar com as mãos, já que vai precisar das duas para uma boa felação. É também recomendado, segundo muitos sexólogos, que mantenha o contato visual. É mais excitante.

Pormenores a ter em conta

A boca não é essencial na estimulação oral pela fricção mas, sim, pelo calor, pela humidade e pelo efeito de sucção que cria. Deve assegurar a fricção com as mãos, para proporcionar um prazer maior. Coloque o dedo indicador e o polegar em forma de anel, enquanto pressiona com os lábios. Mantenha os outros dedos à volta do pénis junto ao dedo indicador. Assim, cria uma espécie de túnel que termina na língua. Comece com movimentos enérgicos por todo o pénis e não retire a cabeça do túnel.

A saliva nunca é demasiada quando estiver a efetuar este movimento. Quando parar para respirar, tente criar um efeito de sucção como se quisesse sugar o esperma do pénis. Brinque com o freio, a faixa de tecido que liga a cabeça e o corpo do pénis, com a língua. Os gestos devem ser suaves, pelo menos no início. Em simultâneo ao movimento para cima e para baixo, pode rodar a mão contra os seus lábios, em torno da coroa do pénis, criando uma espécie de suporte. Assegure-se, todavia, que há lubrificação suficiente.

Beliscar-lhe os mamilos e acariciar-lhe suavemente os testículos são outras das coisas que pode fazer. Quando sentir que o seu parceiro está prestes a atingir o clímax, acelere o ritmo. Não engolir o esperma não implica que deve parar de o estimular. Retire a boca e aumente o ritmo com a mão e só pare depois da ejaculação. Se tiver dúvidas, pergunte ao seu parceiro, como deve proceder. No caso de ser o homem a praticar sexo oral à mulher, não deve ter problemas em fazer o mesmo. Se o fizerem, saem os dois a ganhar.

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