Há pessoas que têm uma fantástica capacidade de absorver, intuir o que se passa à sua volta; não são necessárias palavras ou qualquer outro tipo de manifestação visível. Cheiram, sentem mesmo quando os sinais exteriores dizem o contrário elas sabem a verdade. Esta faculdade está ligada a Neptuno e ao signo de Peixes, à capacidade de entender a impressões. O outro lado Neptuniano sugere-nos confusão, o que não é claro, o que que não se consegue explicar. A brecha entre o que intuímos e o que é raciocinado já que a mente com dificuldade em explicar o que não entende opta por descartar. Explicar as ditas impressões nem sempre é tarefa fácil e por isso alguns acabaram por se distinguir ao usarem de uma criatividade inusitada.
Momentos em que a imaginação (Neptuno) quando activada por um transito de Úrano poderá usufruir de uma clareza repentina, como um raio de luz que atravessa o nevoeiro e deixa ver o que estava escondido. Ao contrário quando é a nossa individualidade (Úrano) que se vê a braços com Neptuno, eu diria que se poderá começar por pôr em duvida algo que se pensou ser seu e único, como um manto pesado de nevoeiro a cobrir o que até ali era um cenário muito claro. A imaginação vanguardista ou a individuação através da imaginação, que é apanágio dos visionários.
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Em se tratando de dois planetas geracionais, há muitas pessoas que nascem com estes a fazerem um aspecto idêntico nas cartas e nem por isso todos estão vivos na nossa memória. Daí o perigo de se analisar parte(s) sem considerar o todo. Na história encontramos vários casos em que estas duas energias em aspecto dinâmico, eternizaram o homem através de gerações pelo seu trabalho. Em comum têm um sonho trazido a público, individualidades polémicas, vidas intensas.
A saber alguns exemplos; Bill Gates com Neptuno a reger a casa da carreira activada por Úrano, Frida Kahlo com Úrano a reger a Casa da relações oposto por Neptuno, Benazir Bhutto com Neptuno colado ao MC e a reger a Casa da expressão e do que se pensa tencionado por Úrano os ideais humanitários que lhe custariam a vida.
Em se tratando de duas energias aliadas ao colectivo, serão grandes demais para um homem só, há que partilha-las e trabalhar para além do ego, quando não poderemos assistir a algum tipo de dissociação, comportamentos que nos afastam do mundo que nos rodeia e confinam o crescimento enquanto partes do todo, que somos cada um de nós.
Ana Cristina Corrêa Mendes
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