Bem-vindo, fevereiro.

Mês sob a alçada do 9.

Tempo de encerrar mais um ciclo. Algo precisa de ser terminado, resolvido, arrumado.

Só quando terminar este capítulo poderemos abrir um novo.

Não adianta querer saltar etapas, passar à frente, sem antes resolver o que está pendente.

A ansiedade pode apoderar-se de muitos de nós, por causa do ímpeto e do gosto que dá começar algo de novo (nove vem do latim "novum", que significa novo).

Todos conhecemos a sensação do prazer que é, começar a ler um livro novo, acabadinho de chegar às nossas mãos, de como é bom comprar um caderno em branco e começar a escrever, desenhar, pintar, com vários conjunto de canetas e lápis coloridos, de iniciar um novo projeto, etc.

E porque é que essa intensidade se torna mais visível, quase palpável, quando nos encontramos sob um mês nove?

Porque tendo o nove a semente do novo, reconhecemos essa onda de antecipação, é como uma visão do futuro. Algo novo, e quase sempre bom, vai acontecer, vai nascer, vai materializar-se.

Então, precipitamo-nos para esse lugar no futuro, e esquecemo-nos do que ainda falta concluir, dos passos que precisamos de dar para terminar esta fase, que precede o salto para a frente.

E é aqui que devemos colocar a nossa atenção, neste exato ponto do ciclo que está terminando, mas que precisa da nossa intervenção para ficar concluído, e o novo ciclo que nasce - ou renasce - do anterior, e que não pode - ou não deve -, iniciar-se de forma apressada, desrespeitando assim os ritmos e as cadências naturais de cada estádio ou período da nossa vida.

Feliz fevereiro!

Eva Vilela Veigas