Ritualística de Umbanda é bastante vasta, e vem sendo passada de pai para filho dentro da religião mas, principalmente, vem sendo moldada pela orientação de nossos mentores espirituais. O principal objectivo é, sem dúvida, a caridade através dos atendimentos realizados por estes mesmos mentores.
Através da incorporação mediúnica, Entidades Espirituais muito mais evoluídas do que nós encarnados, vêm prestar uma espécie de socorro às pessoas que recorrem à Umbanda.
A forma que realizam-se estes rituais difere um pouco de um templo para outro, justamente pelo facto de que cada casa possui seus fundamentos próprios passados pelos seus mentores espirituais mas, em síntese, ocorrem os mesmos preceitos.
O Terreiro é dividido em duas partes: o Congá, onde ficam os médiuns que irão trabalhar incorporados juntamente com os que irão auxiliar como cambonos e a Assistência, onde se acomodam as pessoas que vêm em busca deste atendimento.
A ritualística de abertura de uma Gira de Umbanda é basicamente composta de danças para os Orixás, cantos de melodias, chamadas por nós de Pontos cantados, defumações com ervas especiais e orações.
Ou seja, dentro da ritualística umbandista também vê-se com clareza a mistura que compõem esta maravilhosa religião. Os atabaques e outros instrumentos musicais comuns nos cultos aos Orixás somam-se à práticas mais familiares aos cultos católicos. No culto aos Orixás sempre predomina, em muitos casos o Padê para o Orixá Exú, que precede todas as giras, e isso é fundamento herdado do Candomblé, e tem efeito prático no resultado das secções.
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Este Padê consiste em cantar pontos para Exú e em seguida levar uma oferenda (ebó) até a canjira, que é o assentamento do Orixá na casa e fica do lado de fora do terreiro. Na prática, este ritual é um pedido para que Exú cuide da porteira e evite assim intromissões de espíritos menos evoluídos no trabalho, o chamado "descarrego".
Após estas louvações, rezas e pedidos, se chama em terra a Entidade Chefe do Terreiro, que irá incorporar no Zelador de Santo, ou coordenador ou Dirigente do terreiro. Para tanto são entoadas cantigas (Pontos) especiais e próprias da Entidade que virá trabalhar neste dia.
O Guia Chefe, depois de realizar os rituais de segurança da Gira, chama os médiuns já desenvolvidos que irão receber as Entidades que irão prestar o atendimento a assistência.
Este atendimento é feito individualmente, os Guias de Luz passam orientações, receitas de banhos com ervas e dão o tradicional "passe mediúnico", que é o momento onde as Entidades realizam as magias que resolvem os problemas daquela pessoa assistida.
São realizados diversos rituais nesta hora mas, acima de tudo, estas Entidades confortam as pessoas com seu modo carinhoso e humilde.
Existem, é claro, muitos fundamentos que envolvem a preparação de uma gira de Umbanda, mas esse não é nosso objetivo, mas sim apenas divulgar e difundir nossa cultura. Fica a mensagem que encontramos em um destes pontos cantados que diz: A UMBANDA TEM FUNDAMENTO, É PRECISO PREPARAR.
Conheça mais sobre a Umbanda.
Por Pai Pedro de Ogum
Templo Sagrado de Umbanda
Rua Pêro Escobar, Lote 2989
Quinta do Conde – Sesimbra
Tel: 918989500 ou 212105467
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