No Japão, o Ano Novo é a ocasião para dar as boas-vindas às divindades Toshigami a nossa casa. Segundo a crença popular os espíritos dos antepassados tornam-se divindades do novo ano, zelando pela prosperidade dos seus descendentes.
Para tornar os próximos meses mais auspiciosos, sob o signo da renovação, o Museu do Oriente convida a experimentar as tradições japonesas do Ikebana, Kintsugi e Kokedama.
O workshop de Ikebana, a 18 de janeiro, dá a conhecer uma prática que inspira contemplação, paz interior e intencionalidade. O objectivo é construir um arranjo ikebana com plantas e elementos naturais considerados auspiciosos e portadores de boa sorte.
Também conhecido como o “caminho das flores”, ikebana é a arte japonesa do arranjo floral que, na sua origem, constituía uma espécie de ritual de oferenda feito nos templos budistas do Japão durante o século VI.
Em contraste com os arranjos florais nos países ocidentais, o arranjo floral japonês cria uma harmonia de construção entre linhas, ritmo e cor, sendo a simplicidade altamente valorizada, bem como a existência do vazio (espaço não preenchido).
A 25 de janeiro, o workshop de Kintsugi ensina a arte milenar de restauro japonês com pó de ouro. Aplicada a peças de cerâmica partida, estas são consertadas, com as linhas de quebra evidenciadas a ouro.
A arte do kintsugi tem tanto de estético como de filosófico: o objectivo não é ocultar as imperfeições, mas sim realçá-las, celebrando o carácter transitório de toda a matéria.
Para que possam aplicar os conhecimentos adquiridos no workshop, os participantes são convidados a trazer as suas próprias peças de cerâmica que gostassem de ver restauradas.
A 5 de fevereiro partilha-se Kokedama, uma prática contemplativa, que celebra a beleza em constante mudança do orgânico e natural.
A partir desta técnica japonesa, que consiste em envolver as raízes de uma planta numa bola compacta de terra e musgo, os participantes vão aprender a moldar as raízes de uma planta para a suspender e, assim, a poderem admirar.
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