Conchita Wurst, a personagem criada por Thomas Neuwirth que muitos apelidam de «mulher de barba», regressa a Lisboa no próximo 10 de maio para participar na conferência «Os Direitos Humanos e os desafios do século XXI». A cantora, vencedora do Festival Eurovisão da Canção de 2014 e porta-voz dos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros (LGBT), participa no terceiro painel do evento, «Direitos Identitários e Individuais».
A intérprete de «Rise like a phoenix» fala depois de Maria Luísa Ribeiro Ferreira e de Miguel Vale de Almeida. A escritora e professora universitária apresenta uma dissertação intitulada «Identidade feminina e identidade cultural – convergências e conflitos», enquanto o antropólogo, ativista LGBT e professor universitário se centra nos «Vanguardas ou párias. Disputas globais contemporâneas em torno dos direitos LGBT como direitos humanos».
Esse é o nome da apresentação que antecede o testemunho de Conchita Wurst. A sessão de abertura desse dia conta com a presença de António Guterres, antigo Primeiro-Ministro de Portugal e antigo Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, que fará um depoimento em vídeo. Jorge Sampaio, ex-Presidente da República e Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, é outro dos oradores do evento.
A iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian conta ainda com a participação da ativista de direitos humanos Anat Biletzki e de Kerry Kennedy, escritora e ativista e presidente da organização para os Direitos Humanos Robert F. Kennedy. A cantora austríaca esteve pela primeira vez em Lisboa em agosto do ano passado. Na altura, atuou na discoteca Gossip e participou na final do programa de televisão «Ídolos», transmitido pela SIC.
Texto: Luis Batista Gonçalves com Albin Olsson (fotografia)
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