O alívio do stresse, da fadiga e da ansiedade natural associada à gravidez são alguns dos benefícios da massagem. O recurso a profissionais qualificados também ajuda a prevenir ou aliviar desconfortos, como dores de costas ou tensões.
Na massagem, a combinação de óleos e técnicas produz relaxamento e bem-estar, além de ativar a circulação sanguínea e linfática, hidratando a pele.
«Uma das principais mais-valias tem a ver com a melhoria da circulação na gravidez», refere a educadora perinatal Lucília Manuela Neves, certificada pela Lamaze Internacional, organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover uma abordagem natural e saudável da gravidez, do nascimento e na primeira infância.
O recurso à massagem ajuda a prevenir ou mesmo a diminuir a retenção de líquidos. Esta situação acontece nalgumas mulheres, «geralmente no último trimestre da gravidez, devido a maiores alterações hormonais e ao aumento do volume sanguíneo.»
No entanto, salienta a profissional, «a retenção de líquidos é mais comum ou exuberante quando o aumento de peso é mais elevado do que o recomendado, mais do que 10-12 kg e 12-15 kg no caso de gémeos.»
Gravidez e parto
A massagem não deve ser realizada nalguns casos até ao terceiro ou quarto mês de gravidez, «para evitar estimular pontos promotores de contrações que são pouco percetíveis nesta fase.»
Os benefícios são maiores nos dois últimos trimestres de gestação, devido ao aumento do desconforto da gravidez.
«Em princípio, em gravidezes normais e sem alterações sanguíneas ou circulatórias detetadas antes ou durante a gravidez, não haverá contra indicações em praticar massagens por técnicos especializados por entidades certificadas», explica a educadora perinatal, que aconselha: «A grávida poderá perguntar ao seu médico a opinião de praticar massagem no seu caso particular.»
A massagem é considerada uma aliada no alívio da dor nas contrações no parto por ser uma técnica de relaxamento que promove o melhor funcionamento das hormonas no trabalho de parto. «Os cursos de preparação Lamaze para o parto ensinam diversas técnicas que ajudam a aliviar as dores, entre elas as técnicas de massagens, que surgem em uma em cada quatro mulheres na região lombar, por exemplo.»
O futuro pai que massaje a grávida durante o parto também ajuda a tornar a ligação «mais estreita e íntima do casal.» A massagem pode ser procedida por uma outra pessoa que a mãe escolhe para a acompanhar no parto, geralmente alguém que conhece e apoia emocionalmente a grávida.
Recuperação pós-parto
No pós-parto, esta técnica ajuda a recuperar a forma e a tonicidade com maior facilidade. Os resultados são mais rápidos e eficazes, quando a massagem é complementada com um programa de recuperação pós-parto e um plano alimentar adequado.
É recomendada a procura de associações credenciadas que aconselhem técnicos especializados em grávidas. Entre os possíveis riscos de um profissional que aja de forma incorreta, alerta a profissional, é referido «a posição inadequada da grávida durante a massagem ou o estímulo de pontos do corpo que antecipem as contrações e, por consequência, o trabalho de parto.»
Texto: Ana Margarida Marques
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