Nos últimos 20 dias, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, cerca de 1,4 milhões de crianças viram-se obrigadas a fugir do país, ou seja, cerca de 55 por minuto, ou "praticamente uma criança por segundo", disse o porta-voz do UNICEF, James Elder, em conferência de imprensa, esta terça-feira, em Genebra.
No total, mais de 2,95 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, de acordo com o último balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Por sua vez, a Organização Internacional para as Migrações estima que esse número já tenha ultrapassado os três milhões, anunciou hoje aquela agência da ONU.
"Chegamos ao número de três milhões de pessoas em termos de movimento populacional para fora da Ucrânia", disse o porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), Paul Dillon, à imprensa em Genebra.
Segundo o porta-voz do UNICEF, James Elder, "esta crise, pela sua velocidade e sua magnitude, não tem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial", disse Elder.
O porta-voz sublinhou que as crianças correm "o risco de se verem separadas dos seus pais, sofrerem violência, serem exploradas sexualmente, ou servirem ao tráfico" de pessoas.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A incursão russa conta com forças terrestres, marítimas e áreas, havendo registo do bombardeamento de alvos em várias cidades ucranianas.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.
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