Segundo o artigo publicado na revista especializada “Molecualar Human Reproduction”, especialistas da Universidade de Edimburgo extraíram células de óvulos do tecido ovarino nas suas primeiras fases de desenvolvimento e fizeram-nas crescer até estarem prontos a ser fertilizados.
Os cientistas tornaram assim possível o desenvolvimento do óvulo humano fora do ovário, desde a sua primeira fase até atingir a plenitude da sua maturidade, segundo o estudo que é citado pela agência de notícias EFE.
Contudo, os investigadores admitem que é necessário realizar estudos adicionais para que este método possa ser usado em prática clínica, mas consideram que é relevante porque oferece esperança a mulheres ou adolescentes que se submetem a tratamentos como quimioterapia - com riscos de esterilidade.
Recuperar óvulos
Para os cientistas, esta descoberta permite que se possam vir a recuperar óvulos, amadurecendo-os fora do ovário, de modo a que possam ser posteriormente armazenados para fertilização.
Atualmente, as mulheres podem congelar seus óvulos maduros - ou mesmo embriões, se tiverem sido fertilizados com o esperma de um casal - antes de iniciar tratamentos médicos como a quimioterapia, embora esta opção ainda não seja possível no caso de crianças ou adolescentes que estão doentes.
A infertilidade, ou esterilidade, é um problema que afeta muitos casais. Alguns números indicam que a infertilidade conjugal atinge, na população mundial, cerca de 10 a 15% dos casais em idade fértil, sendo mais frequente nos casais com idade mais elevada.
Esta percentagem tem vindo a subir nos últimos anos devido a fatores como o aumento da prevalência das infeções de transmissão sexual, o sedentarismo, a obesidade, o consumo de tabaco e do álcool e a poluição.
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