“O Chega insta o Governo a planear o regresso às aulas presenciais o mais breve possível e, para isso, deverá garantir que as escolas têm funcionários e professores em número suficiente para que se possa reduzir o número de alunos por turma, como forma de garantir o distanciamento entre alunos e professores no decorrer das aulas”, lê-se num comunicado de André Ventura.

O partido da extrema-direita parlamentar defende ainda “uma maior rotatividade de horários para que a movimentação de alunos nos transportes públicos não coincida com a dos restantes trabalhadores”.

“Nem todos os alunos” têm “condições familiares para prosseguirem os estudos via ‘on-line’: nem todos têm computadores e o Governo tem-se atrasado na entrega dos mesmos, nem todas as famílias têm acesso à internet, nem todas as crianças e jovens vivem num contexto familiar propício a uma boa aprendizagem e muitas crianças precisam das escolas para terem acesso a, pelo menos, uma refeição completa diária”, alertou Ventura.

Para o líder do Chega, “a saúde mental das crianças e dos jovens estudantes não deve ser desvalorizada” e “a pandemia tornou-os mais dependentes das tecnologias e retirou-lhes a socialização com os seus pares, ao mesmo tempo que os impediu, e continua a impedir, de praticar atividade física”.

“São mais de 1,2 milhões de alunos que estão novamente obrigados a aprender através de um computador o que, não só dificulta a aprendizagem dos discentes, como dificulta o processo de ensino dos docentes e, tão ou mais grave, interfere com o normal desenvolvimento social dos alunos”, lê-se ainda.

Em virtude da atual pandemia de covid-19, os alunos do 1.º ao 12.º ano retomaram hoje as atividades letivas, mas longe das escolas, regressando das férias antecipadas para o já conhecido ensino a distância que marcou o final do ano letivo passado.