Na quarta-feira, dia em que a Fenprof recolheu os últimos dados, estavam a concurso na contratação de escola 489 horários, que totalizam cerca de seis mil horas que as escolas não conseguiram preencher de outra forma.
Segundo o secretário-geral da federação sindical, Mário Nogueira, são entre 30 mil e 50 mil alunos que não têm todos os professores, ficando sem aulas a algumas disciplinas.
Os números foram apresentados durante uma conferência de imprensa na sede da Fenprof, em Lisboa, em que Mário Nogueira reagiu aos resultados das eleições legislativas de domingo e apontou a carência de docentes como um dos problemas mais urgentes a resolver na próxima legislatura.
“Hoje temos um problema gravíssimo”, sublinhou o dirigente sindical, referindo o último balanço do número de horários por preencher naquele regime, a que as escolas recorrem quando não conseguem ocupar todos os lugares através das reservas de recrutamento.
Sobre o problema, agravado pelo envelhecimento da classe docente, Mário Nogueira defendeu que é necessário “permitir que todos os professores com 60 e mais anos de idade se possam aposentar e ser substituídos por jovens” e a urgência de tornar a profissão mais atrativa, através da resolução de problemas como a precariedade, os impedimentos à progressão na carreira, os horários, de um novo regime de concursos e de apoios aos professores deslocados.
“A escola tem que estar centrada nos alunos, mas sem professores a escola não funciona”, resumiu.
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