Arrancou a primeira edição do ICON – Influencing the World, uma conferência internacional que pretende explorar o tema da influência e qual o seu impacto em áreas tão diversas como a comunicação, cultura, tecnologia, entretenimento e negócios.

Tal como explica Iva Domingues no arranque da conferência, esta foi inspirada no ADN da cidade de Lisboa fortemente marcada pela sua multiculturalidade e pelo seu lado icónico. “Ao longo do três dias vamos falar sobre o presente e o passado da influência e das suas diferentes formas e manifestações”, explica a anfitriã na sessão de abertura.

Para dar as boas-vindas ao público subiram ao palco do MEO Arena algumas das figuras mais influentes de Portugal: a apresentadora de televisão Cristina Ferreira e o presidente da câmara municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que contaram com a presença dos fundadores do ICON, Rishaad Sacoor  e Pedro Afonso.

“A influência não tem fronteiras, assim como o mundo digital”, começa por dizer o co-fundador Rishaad Sacoor sobre o tema da conferência que reúne agências, criadores, instituições, especialistas e seguidores. Todos sobem ao palco do MEO Arena para dar o seu testemunho sobre o conceito de ICON.

créditos: Mafalda Cruz

“Mas, como se cria esta influência? Como pode transformar a nossa vida pessoal e profissional?”. Estas foram duas questões que intrigaram Pedro Afonso e que estiveram na origem deste projeto que veio a batizar de ICON onde, cada uma das sessões, têm como objetivo “aprender, partilhar e acrescentar valor”. Para o empresário não havia ninguém melhor em Portugal para falar sobre influência do que Cristina Ferreira, tendo-lhe lançado o convite para ser oradora quando esta conferência ainda era um sonho.

A apresentadora aceitou e, para além de ser um dos nomes que vai subir ao palco no dia 5 de junho para falar sobre “O poder das redes sociais na era da influência”, também fez questão de marcar presença na sessão inaugural. “A televisão foi o principal meio de influência e onde as pessoas podiam aprender e entreter-se. No ICON é incrível a diversidade de pessoas com uma história, uma partilha e um propósito. Isso serve para perceber que isto da influência dá muito trabalho”, diz.

Carlos Moedas, que não tem medo de desafios foi dos primeiros a dizer ‘Sim’ a este projeto inovador que aterrou esta quarta-feira na capital. “Esta conferência é muito única e diferente das outras. É sobre aquilo que somos, os seres humanos. Aquilo que diferencia o homo sapiens é a sua capacidade de contar de histórias e isso reforça a nossa identidade.”

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa pegou no exemplo de Aida Lovelace, a primeira programadora da história que, por ser mulher, teve de usar o pseudónimo A.A.L. nas traduções que fez do matemático italiano Luigi Meabrea, para falar sobre a diferença entre ícone e influenciadores. ”O que estamos nesta conferência a contar é que esta mulher que nunca teve voz e faz com que os influenciadores tenham voz. A Aida Lovelace era um ícone. Ela mudou o mundo para melhor e é isso que os influenciadores devem fazer: mudar o mundo para melhor. Queremos ser ícones e não apenas influenciadores.”