Muitos ainda olham para esta nova realidade com desconfiança mas também há quem não se canse de enaltecer as suas vantagens na praça pública, como é o caso de Marina Adshade, professora universitária da Vancouver School of Economics, estabelecimento de ensino da University of British Columbia, no Canadá. Em Portugal, o assunto ainda é tabu mas, lá fora, a prática atrai anualmente um crescente número de adeptos.
"Muitos homens não se casam para ter um acesso mais facilitado ao sexo. Atualmente, muitos conseguem tê-lo fora do casamento. As pessoas, hoje em dia, casam por outras razões. Para ter companhia, pela oportunidade de constituir uma família e para partilhar a vida delas com outras pessoas", afirmou a docente em entrevista ao canal de televisão Global News, sugerindo o recurso a robôs como forma de aliviar os casais.
"Sim, [o uso de figuras com aparência humana] pode reduzir a pressão [a que muitos casais são sujeitos no dia a dia]", defende a especialista canadiana, autora de "Dollars and sex: How economics influences sex and love", "Dólares e sexo - Como a economia influência o sexo e o amor" em tradução literal.
"Nós queremos alguém que seja um grande pai, um grande companheiro, o nosso melhor amigo, alguém que seja compatível connosco. É muita coisa!", afirma Marina Adshade.
A professora universitária escreveu também sobre o tema num capítulo do livro "Robot sex: Social and ethical implications", "Sexo com robôs - Implicações sociais e éticas". Lançada no outono de 2017, a obra foi escrita a quatro mãos pelos investigadores John Danaher e Neil McArthur. A docente esteve hoje na livraria da University of British Columbia para fazer uma leitura pública da tese que defende no livro dos dois cientistas.
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