Apesar de já ser claro que a melhor protecção solar é não se expor ao sol, não a podemos obrigar a ficar em casa fechada à espera que a tarde caia.
Existe uma forma muito segura e eficaz para exibir um tom moreno sem colocar a sua pele em risco: chama-se fotoprotecção e levá-la a cabo é muito simples.
Ninguém duvida que uma pele bronzeada é favorecedora. Mas como bronzear-se não é uma corrida e o astro rei está hoje mais agressivo que nunca, deve usar todos os meios para se proteger da forma mais eficaz.
Apesar dos tão falados efeitos negativos do sol, não podemos questionar que é uma fonte de saúde, com aspectos positivos para o organismo. E, de facto, a luz solar ajuda a sintetizar a vitamina D (que fixa o cálcio nos ossos), dá-nos energia, multiplica os glóbulos vermelhos, fortalece os ossos, aumenta a produção de anticorpos e favorece as defesas contra vírus e bactérias.
Renunciar ao bronzeado?
Não é preciso tanto, desde que se fotoproteja. O bronzeado não é mais do que uma defesa natural a uma agressão. Se aparece, é porque a tal agressão foi produzida, mas fomos capazes de lhe responder. Com o tempo, esta capacidade vai-se desgastando e a agressão é maior.
E é por essa razão que não devemos expor a nossa pele ao sol demasiado tempo, porque chega uma altura em que os seus estragos passam a factura. Para nos defendermos temos de usar sempre protecção solar.
Adicionalmente, também se recomenda a ingestão de suplementos nutricionais com efeito antioxidante que reforçam as defesas da pele contra os efeitos prejudiciais da radiação solar. Tomam-se um mês antes e durante a exposição.
A primeira exposição
No primeiro dia a palavra de ordem é precaução. Contenha a sua vontade de se deitar ao sol, especialmente depois de ter estado meses sem que o seu corpo tivesse contacto com os raios solares, porque as primeiras exposições são as mais perigosas.
No primeiro dia, uma pele branca não deve ultrapassar os 15 minutos de exposição. Se a sua tez tem um tom médio, de 20 a 25 minutos. As peles mais morenas podem estar meia hora. Mas sempre com a protecção adequada.
Um fotoprotector para cada tipo de pele
Assim como com os medicamentos, o protector solar deve ser prescrito para cada tipo de pele, o que, neste caso, é determinado pelo fototipo, ou seja, a capacidade que a pele tem para enfrentar as agressões solares.
Pessoas com uma cútis clara, crianças, desportistas ou profissionais que desenvolvam a sua actividade ao ar livre, pacientes sujeitos a medicamentos fotossensibilizantes e todas as pessoas em geral devem usar fotoprotecção adequada quando a radiação for intensa.
A escolha do Factor de Protecção Solar (FPS) adequado deve ser determinada pelo tipo de pele, a actividade a desenvolver e o tempo de exposição. Para além disso, o fotoprotector deverá incluir filtros solares que protejam não só dos UVB, mas também dos UVA.
Os raios UVB provocam queimaduras solares e, a longo prazo, podem causar vários tipos de cancro cutâneo; os UVA causam envelhecimento prematuro e alterações no ADN da pele, que podem degenerar em cancro. Por isso, de acordo com uma recomendação recente da Comissão Euroeia em matéria de protecção solar, os fotoprotectores devem proporcionar um rácio UVA/UVB de, pelo menos, 1/3.
Um protector solar com um FPS 30 para os raios UVB deve garantir, pelo menos uma protecção de grau 10 para os raios UVA. O cumprimento desta recomendação está identificado com o logótipo UVA nas embalagens dos protectores. Procure-o!
Texto: Madalena Alçada Baptista
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