O reino da não maquilhagem acabou. A primavera/verão de 2016 propõe lábios vermelhos, olhos azul elétrico, brilhos e pestanas falsas. Mas as novidades, no que se refere à cosmética e à beleza, não se ficam por aqui. Para prevenir o envelhecimento cutâneo, também estão a ser introduzidas novas fórmulas. «Há alguns péptidos com sequências bem caracterizadas que têm recebido particular destaque na indústria cosmética», refere Joana Nobre, farmacêutica e diretora técnica e de formação na Ales Groupe.
«Dentro destes, a família dos acetilhexapéptidos tem reunido a melhor avaliação na ação antienvelhecimento, concretamente na correção de rugas profundas. Um dos mais promissores é o acetilhexapéptido 51, que mimetiza o fator de transcrição FOXO3a e reduz o dano no ADN que leva ao envelhecimento celular, contribuindo assim para o rejuvenescimento e melhoria do estado da pele», diz.
«A proteína FOXO é considerada a proteína da imortalidade», explica a especialista. «Algumas marcas orientam o desenvolvimento das suas formulações com base nos péptidos que assumem um papel preponderante na ação antienvelhecimento», acrescenta ainda a farmacêutica.
Novidades para a celulite
É um dos problemas estéticos que não poupa praticamente nenhuma mulher mas também na luta anticelulítica há novidades. «Tem sido demonstrado que os neurónios têm conexões com cada um dos seus compartimentos, epiderme, derme e hipoderme. As células nervosas formam uma rede e comunicam com os queratinócitos, fibroblastos e adipócitos respectivamente», refere Joana Nobre.
«O glutrapeptide é um neuroprotetor de segunda geração desenhado para máxima biodisponibilidade nos tecidos e que tem uma penetração 10 vezes superior à cafeína. Como resultado, mais de 40% fica livre para atingir a derme após aplicação na superfície cutânea», esclarece.
«Este péptido atua como um potente neuroprotetor e antioxidante, aumenta a habilidade dos neurónios para ajudar na lipólise (falase em neuroslimming) e atua em sinergia com a cafeína com resultados extraordinários na ação anticelulítica», acrescenta ainda a especialista.
Novos tratamentos contra a queda de cabelo
Nas últimas décadas, o número de mulheres a sofrer de alopecia aumentou mas também aqui têm surgido novidades promissoras. «Novos tratamentos com células estaminais têm mostrado efeito positivo no recrescimento do cabelo, com aumento do número de folículos no grupo tratado, quando comparado com o grupo placebo», afirma Joana Nobre.
«Dentro destes componentes verdadeiramente avant-garde, as células estaminais vegetais de Globularia cordifolia, planta resistente a condições extremas, têm a ação biológica de estimular a desintoxicação celular, a regeneração celular e o benefício de proteger o couro cabeludo dos efeitos nocivos das agressões externas», refere ainda.
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