Por vezes, a barriga torna-se flácida e inestética e uma simples lipoaspiração não é suficiente para resolver o problema. Conheça uma das melhores soluções para recuperar a tonicidade perdida pelo aumento de peso, pela gravidez ou pelo simples passar do tempo e até voltar a ter uma cintura mais estreita. A abdominoplastia é uma cirurgia plástica que elimina o excesso de pele e de gordura da região média e baixa do abdómen e corrige a flacidez muscular. Para saber como se processa e os cuidados que este procedimento cirúrgico exige no pós-operatório, clique aqui.
Esta cirurgia constitui uma das melhores alternativas para obter uma barriga lisa e firme, devolvendo-lhe a tonicidade perdida ao longo do tempo, corrigir estrias e conseguir uma cintura mais estreita. Proporciona óptimos resultados nos pacientes cujos músculos abdominais perderam firmeza e que possuem excesso de pele e gordura. Não deve confundir a abdominoplastia com a lipoaspiração. Esta última é um tratamento cirúrgico que tem o intuito de retirar acumulação de gordura localizada em diferentes zonas do organismo. Está, por isso, particularmente indicada para diminuir os depósitos de gordura que dificilmente são corrigidos.
Quem (não) pode fazer esta cirurgia
Mas será que é uma boa candidata ou candidato a esta cirurgia? As alterações de peso, factores hormonais e a gravidez podem contribuir para formar a inestética barriga. Para Nuno Ramos, cirurgião plástico do Hospital Egaz Moniz, esta cirurgia está recomendada a:
- Homens e mulheres. No entanto, segundo Nuno Ramos, é mais frequente aparecerem casos de mulheres com acumulação de pele no abdómen, depois de terem filhos. Porém, caso esteja a pensar engravidar, recomenda-se que adie a cirurgia, ainda que, se a realizar, não esteja impedida de ter filhos no futuro. «Aconselha-se às pacientes um planeamento da decisão de ter filhos», aconselha o cirurgião plástico.
- Está especialmente indicada para mulheres que tenham passado por várias gravidezes, após as quais a pele e os músculos abdominais sofreram alterações e não voltaram à sua tonicidade inicial.
- Pacientes que não sejam propriamente obesos mas ostentem um abdómen grande e descaído, devido ao excesso de peso. São aqueles que apresentam uma grande flacidez de pele e que não conseguem resolver o problema com exercício físico nem com o recurso a uma alimentação saudável.
- Esta cirurgia pode ainda melhorar a perda de elasticidade da pele em pacientes de idade avançada, situação normalmente associada a uma obesidade moderada.
Quem não deve submeter-se à abdominoplastia?
Esta cirurgia não deverá realizada em «certos casos de obesidade mórbida», informa Nuno Ramos. Para realizar uma operação nestas circunstâncias, seria necessário que o paciente perdesse um número considerável de quilos. Não se recomenda ainda esta cirurgia a indivíduos que estejam a sofrer uma crise pessoal e que atribuam os seus fracassos à obesidade. Estes pacientes podem criar falsas expectativas quanto aos resultados da abdominoplastia.
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A primeira visita ao cirurgião
Deve procurar um local «devidamente certificado para o efeito». Este é talvez o aspecto mais importante antes de se submeter à cirurgia. «É fundamental que as pessoas tenham noção da importância de recorrerem a locais e especialistas certificados», defende Nuno Ramos. «Uma cirurgia mal feita, por médicos não especializados, pode ocasionar complicações dramáticas. A abdominoplastia, quando não é realizada adequadamente, pode trazer graves problemas de saúde ao paciente».
Numa primeira consulta, o cirurgião realiza-lhe um questionário completo e tenta «conhecê-lo melhor, saber quais as suas preocupações e expectativas antes da cirurgia». É importante que exponha as suas ideias e faça todas perguntas necessárias. É avaliada a saúde geral do doente, o grau de acumulação de gordura e a tonicidade da sua pele. Nunca esconda o facto de ser fumador nem o tipo de medicação que toma com regularidade.
«Caso fume e esteja medicado, é aconselhável a sua suspensão temporária, para uma cirurgia mais eficaz e sem complicações associadas. Os antiagregantes plaquetários (aspirina) e os anticoagulantes são susceptíveis de provocar hemorragias, pelo que se aconselha, a suspensão da toma para evitar complicações», explica Nuno Ramos. O facto de ser fumador e de estar sob medicação, altera em grande parte, a adequada cicatrização.
É também nesta primeira consulta que poderá colocar todas as dúvidas a propósito do preço da cirurgia, que é variável. «Depende de cada paciente, do próprio cirurgião, do tipo de anestesia e dos dias de internamento, entre outros factores, podendo oscilar, em média, entre 5000 a 10000 euros». É ainda frequente a solicitação de alguns exames que deverão ser apresentados na visita seguinte ao cirurgião.
Texto: Cláudia Pinto
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