Durante a era de Deborah Lloyd, estilista que fez a estreia da marca no prêt-à-porter em 2009, a maison já mostrava um gosto pela fantasia, mas contida e com um fundo de formalidade.
Nicola Glass entrou para marca em 2017 para substituir Deborah Lloyd, e subiu o tom nesta coleção, revisitando o espírito de orgiem da marca, fundada em 1993 pela estilista Kate Spade, que cometeu suicídio em junho de 2018.
Kate "incentivava as mulheres a divertirem-se com a moda, a expressarem-se para criar a sua própria identidade", disse Nicola Glass em entrevista à revista Harper's Bazaar, publicada no final de janeiro.
Nesta sexta-feira, a sua segunda coleção apresentada na Semana de Moda de Nova Iorque trouxe um arco-íris para a passarelle, montada no hall do edifício Cunard, em Manhattan, com convidados como a atriz Maggie Gyllenhaal.
Lilás, amarelo mostarda, rosa velho e verde-pinho foram algumas das apostas da marca para a temporada outono/inverno, e a estilista não teve dúvidas em se atrever nas misturas em saias e camisas de manga comprida.
Nicola Glass também joga com os padrões, a sua grande especialidade, manifestando uma preferência pelo 'animal print', que aparece em camisas, vestidos e casacos.
"Quando entras numa loja, tens de poder identificar uma marca ao longe pelos seus padrões e pelas suas cores", disse a estilista ao site Daily Front Row.
Após abandonar a formalidade, a marca aposta no aumento da estrutura e do estilo, especialmente na escolha de vestidos e saias de cintura subida e destaque para os bolsos, peças que remetem à origem da marca e que forjaram a reputação de Kate Spade.
Não é a primeira vez que Nicola Glass interpreta clássicos e joga com este famoso símbolo da marca, mas a coleção vai mais longe, criando bolsos em vestidos onde os padrões têm o poder.
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