"Uma procura inquieta pela beleza das pequenas coisas em materiais e técnicas que cruzam linhas temporais e que nos recordam a efemeridade da vida, das pessoas. Mesmo daquelas que deveriam ser para sempre", descreve o livro de imprensa do ModaLisboa.
"Um, nenhum, muitos deuses. Todos eles, ou a sua ausência, apontam diretamente para a vulnerabilidade da condição humana: o amor. Aquele que insiste em ser independente do tempo e que, por isso, só poderá ser representado no detalhe: pés descalços à beira-mar, flores de metal, técnicas ancestrais que se experimentam saber sob a tecnologia dos materiais", acrescenta.
O outono/inverno 2023/2024 da Béhen volta a técnicas tradicionais, como bordado da madeira, bordado a vidrilho de Viana do Castelo, tecelagem de São Jorge, chita de Alcobaça, estampado digital sob linho, latoaria, arte chocalheira, corte a laser, manipulações têxteis e bordado de arraiolos. Quanto a materiais, e além de linho, lycra, algodão, lã, latão, metal, fake fur e sherpa, a inovação tecnológica chega sob a forma de cork leather e grape leather.
Joana Duarte é a fundadora e designer da Behén. Estudou em Londres, na Kingston University, após a licenciatura na Faculdade de Arquitetura. Aprofundou o seu interesse pela produção ética e trabalho com comunidades de artesãos, que a levou até à Índia para estagiar numa marca Fair Trade, membro da WFTO. A designer regressa a Portugal, às histórias e bordados da família que alimentaram a criação da BÉHEN. Este é o início da missão pela proteção do Património Imaterial Português.
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No sábado foi a vez das apresentações de Constança Entrudo, de sete jovens designers formados pelo Istituto Europeu de Design (Nicolò Artibani, Lorenzo Attanasio, Alessandro Bonini, Gaia Ceglie, Luca De Prà, Giovanni Marchetti e Maria Eleonora Pignata), assim como de Luís Buchinho, Mustique, Kolovrat, Buzina, Luís Carvalho, Béhen e Gonçalo Peixoto.
No domingo são apresentadas as coleções de João Magalhães, Duarte, Hibu, Carlos Gil, Nuno Gama, Nuno Baltazar, Dino Alves e Cal Me Gorgeous by Luís Borges.
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