A 55ª edição da ModaLisboa chegou ao fim, após quatro dias repletos de muitas tendências para a próxima temporada.
O dia começou com o desfile de Carolina Machado, da plataforma LAB, que trouxe “Memoir” para reviver as suas coleções anteriores e explorar a identidade da marca. Reaproveitou moldes, stocks de tecidos e revisitou silhuetas e peças chave bem características do seu trabalho. As mangas abaloadas, os cortes assimétricos, a alfaiataria e os drapeados são o grande destaque da coleção.
“Collection V” surgiu pelas mãos de António Castro, que trouxe para esta edição uma instalação onde é possível observar o lado performativo da luta livre com a exploração da linguagem barroca.
A tarde ia a meio quando Gonçalo Peixoto invadiu a passerelle da ModaLisboa e fez todos voltarem atrás no tempo até aos anos 2000. “Circa 2000” foi o mote de inspiração para resgatar a energia positiva que marcou o início do milénio. O streetwear é visível através de jogos de transparências e peças curtas, que exploram a barreira ténue entre a sensualidade e a sexualidade feminina.
Seguiu-se a vez de HIBU apresentar “Summerheads”, que reflete a nostalgia de uma determinada altura pré-redes sociais e da digitalização do nosso mundo, onde muitas vezes temos a sensação comum de que vivemos numa reciclagem.
Olga Noronha trouxe a natureza para a passerelle e apresentou uma coleção de joalharia onde o branco foi a cor predominante e o metal o material escolhido.
O penúltimo desfile do dia coube a Archie Dickens que trouxe um ajuntamento de pessoas com distanciamento social, assim como ideias para a casa e jardim, que combinam com as peças apresentadas. A ideia foi reutilizar e reciclar o máximo de materiais possíveis, garantindo que tudo o que a marca faz seja o mais ecologicamente correto.
A tarde chegou ao fim e coube a Carlos Gil encerrar a 55ª edição da ModaLisboa – Mais com um desfile onde o sentimento luso se fez sentir em toda a coleção. Esta é uma coleção riscada de cor e de elevada carga simbólica, com o padrão a reforçar a tendência da assinatura do designer, enaltecendo os vários monumentos portugueses. Na passerelle os elementos dão vida e valorizam o que é história, cultura, tradição, português, o que é Portugal.
Se não conseguiu acompanhar tudo o que se passou nestes quatros dias, dê uma vista de olhos aqui. Até à próxima edição!
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