
A rainha Camilla regressou aos compromissos reais esta terça-feira, dia 2 de setembro, um dia depois de ter sido revelado que a monarca terá sido vítima de assédio sexual.
Camilla, de 78 anos, visitou alguns dos seus patronatos na Cornualha. Assim, começou o dia em Truro com uma visita à ShelterBox - associação que ajuda as comunidades em situações de desastres naturais e conflitos.
Depois, a mulher de Carlos III esteve à conversa com a equipa e voluntários da organização, enquanto conhecia as instalações.
Nesta ocasião, conforme poderá ver pelas imagens na galeria, Sua Majestade optou por um vestido de manga comprida, azul escuro e com padrão polka.
Entretanto, Camilla visitou a Wave House Church, que graças ao Cornwall Community Fund investiu mais de 100 mil euros em projetos comunitários.
O terceiro e último compromisso do dia foi na unidade de operações dos serviços aéreos de emergência na Cornualha. Vale notar que Camilla é madrinha real da Cornwall Air Ambulance desde 2009.
Rainha Camilla e a (alegada) tentativa de assédio sexual
Conforme revela o correspondente real Valentine Low no livro 'Power and the Palace: The Inside Story of the Monarchy and 10 Downing Street', Camilla Parker Bowles foi vítima de uma tentativa de abuso sexual quando era adolescente.
O caso aconteceu quando a monarca tinha entre 16 e 17 anos e enquanto circulava num comboio rumo a Paddington (uma estação de Londres). Naquele momento, um homem mais velho tentou atacá-la e esta defendeu-se com recurso a um sapato de salto alto.
"A Camilla estava num comboio a ir para Paddington - tinha uns 16, 17 anos - e um homem estava a tentar tocar-lhe", lê-se no livro, citando-se Boris Johnson - que foi a quem a rainha fez a revelação num evento na Clarence House, em 2008.
"Fiz o que a minha mãe me ensinou. Tirei o sapato e dei uma pancada na área íntima dele com o calcanhar", disse ainda a soberana ao antigo presidente da câmara de Londres.
"Ela estava tão segura de si que, quando chegaram a Paddington, denunciou o homem e ele foi preso", dá ainda conta o autor do livro.
Importa sublinhar que uma das causas mais defendidas pela rainha do Reino Unido é a luta contra a violência doméstica e abuso sexual. Aliás, esta não conseguiu ficar indiferente ao polémica caso de Gisèle Pelicot, mulher francesa vítima de dezenas de violações de homens diferentes que eram organizadas pelo próprio marido (que a drogava e convidava estranhos para irem a sua casa).
Perante esta história, Camilla mostrou-se "tremendamente afetada". A mulher de Carlos III decidiu, desta forma, enviar uma carta a Pelicot onde expressou a sua admiração e respeito pela coragem e forma como esta lidou com o caso.
Leia Também: Camilla e Carlos III enfrentam problema terrível na casa de campo
Comentários