Béhen, a marca criada por Joana Duarte, colabora com pequenas comunidades de artesãs portuguesas e estrangeiras para dar uma segunda vida aos panos de antigamente e foi isso que fez nesta coleção que reflete as tendências da próxima estação. A coleção fala de uma identidade artística feminina em ditadura, que é feita de mordaças escritas por dentro e percorre 15 nomes do pensamento maior através de 15 coordenados que são menos roupa e mais um estudo da construção do significado. Para além do trabalho continuado com artesãs, as calças à boca-de-sino, colchas, bordados tradicionais — o Bordado da Madeira, feito de raiz pelas sábias bordadeiras — e peças em ganga (confecionadas na Pizarro) não ganham agora uma dimensão política porque a Moda sempre foi política.  Com o apoio da Casa do Artista, que trabalha todos os dias pelo reconhecimento profundo dos profissionais das Artes, esta primavera nasce dos relatos sobre o que era viver sob Salazar que estas 15 pessoas — as mulheres e os homens que lutaram por elas — partilharam com fogo na voz.

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