"Chegou a hora de sair e comemorar a liberdade. Ficamos confinados muito tempo", disse a diretora artística das coleções femininas da Hermès, Nadège Vanhée-Cybulski.

As calças da coleção lembram o material das tendas de acampar, enquanto cordas servem para estruturar e envolver vestidos e sandálias.

O corte é simples e fluido.

A instalação do desfile evocava as dunas sob o pôr-do-sol. A paleta de cores variou entre o bege areia e o terracota, ou o amarelo ocre, com pitadas de rosa e laranja.

"As cordas são os eixos principais, com os quais pode-se laçar tudo. Servem para sustentar, para criar volume. Os fechos éclair não servem apenas como fechos, mas também para orientar diferentes movimentos da roupa", explicou Nadège Vanhée-Cybulski.

A inspiração "provém do universo da natureza, esse aspeto desportivo das tendas de acampar, das mochilas", acrescentou.

O elemento forte da coleção é o calçado, desenhado por Pierre Hardy.

São sandálias com solas feitas de lâminas de fibra de carbono, que lhes dão uma aparência espacial.

"É uma mistura de tecnologia e arcaísmo, a sandália mais simples possível, espartana. A ideia é planar ao caminhar", explicou à AFP.