A marca criada por Marta Marques e Paulo Almeida em 2011, presença frequente num dos evento mais importantes do calendário da moda internacional, tem desfile virtual marcado para domingo.

Tal como na edição anterior da Semana da Moda de Londres, o programa de desfiles, apresentações e instalações será digital, em suporte fotográfico ou em vídeo, numa plataforma multimédia lançada no ano passado, quando a presença de audiência em eventos públicos já era restrita.

Segundo o British Council Fashion (BFC), entidade organizadora, está prevista a participação de 95 ‘designers’ de roupa feminina e masculina e de marcas de acessórios durante o evento, que decorre entre 19 e 23 de fevereiro.

A plataforma vai ter espaços de exposição e venda a revendedores, iniciativas para promover criadores emergentes, vídeos de bastidores, seleções musicais e uma secção para os estilistas atualizarem os seus perfis com informação, imagens e ligações às respetivas contas nas redes sociais.

Caroline Rush, presidente-executiva do BFC, admitiu que o atual confinamento está a ser difícil para empresas e profissionais da moda e reforçou o pedido de ajuda, nomeadamente a isenção de quarentena na chegada ao Reino Unido, “a fim de realizar negócios essenciais, proteger a competitividade da indústria da moda britânica”.

Em janeiro, a indústria também alertou o Governo para o risco de “extermínio” devido ao impacto das novas regras de comércio com a União Europeia (UE) pós-Brexit.

A organização Fashion Roundtable estima que a indústria têxtil e da moda do Reino Unido emprega quase um milhão de pessoas e contribui com 35 mil milhões (40 mil milhões de euros) para o Produto Interno Bruto (PIB), mais do que os setores da pesca, farmacêutica ou automóvel.

Numa carta aberta, pediu apoio financeiro para a indústria e outras medidas, nomeadamente a facilitação de vistos para imigrantes trabalharem em fábricas de têxteis britânicas.