Roupa íntima
Look popular entre celebridades como Hailey Bieber e Kendall Jenner, o uso de lingerie esteve por toda a parte em Paris esta semana.
Combinando blusas largas de seda de Stella McCartney com roupas íntimas com cristais incrustados, Victoria Beckham propôs conjuntos que se assemelhavam a camisolas ou bodies e meias, enquanto Dries Van Noten exibiu trajes de banho com estampado leopardo cobertos por sobretudos.
Verão sombrio
Muitos estilistas pareciam ansiosos para deixar as cores de lado na primavera e no verão.
Christian Dior, Saint Laurent, Loewe, Victoria Beckham e o aclamado recém-chegado Peter Do estiveram entre as muitas marcas que exibiram paletas mais sóbrias, por vezes monocromáticas.
Alguns críticos ficaram consternados com a tendência e classificaram-na como uma falta de inovação.
"Onde estão as cores? Onde estão as suas ideias, além das que vêm de arquivos?", repreendeu a veterana observadora de moda Cathy Horyn, agora no The Cut, da New York Magazine.
A urgência floral de Balmain
Balmain desafiou a tendência sem cores com um espetáculo brilhante e exuberante, após o roubo de cerca de 50 das suas peças apenas 10 dias antes do desfile.
Muitas rosas foram o destaque numa das modelos que parecia quase submersa num bouquet vermelho, outra exibia um redemoinho de penas douradas com rosas nas pontas e uma variedade de tops, vestidos e minissaias estampados, além de algumas criações florais elaboradas e brilhantes que acompanha a extravagância da alta costura.
"Flores na primavera? Inovador...", alfinetou o estilista Olivier Rousteing na sua conta de Instagram.
Balenciaga bruta
Após uma série de anúncios controversos no ano passado que supostamente faziam referência ao abuso infantil, o diretor criativo da Balenciaga, Demna, optou por um desfile mais discreto no início deste ano.
Mas nesta semana em Paris, este retomou a sua postura rebelde com looks surrealistas, como fatos com ombreiras gigantes e vestidos feitos de toalhas de mesa retrô.
"Março foi muito polido e percebi que não gosto quando é polido. Gosto quando é duro", disse Demna à Vogue.
Também foi um desfile muito pessoal, com a participação da sua mãe, marido e membros da sua equipa que fizeram de modelos.
"Era sobre mim, sobre a minha história. Eu precisava fazer isso... porque tive um ano horrível", confessou.
Ativismo ecológico
Hermès teve um dos cenários mais bonitos, com convidados acomodados entre flores silvestres e vegetação alta, cenário criado nos estábulos da Guarda Republicana Francesa.
O desfile também foi marcado por um breve protesto da ONG PeTA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em tradução livre), que se pronunciou contra o uso de pele de crocodilo.
Em contrapartida, Stella McCartney roubou a cena com "inovações em materiais cruelty-free (livres de crueldade)", com tendas onde promovia inovações como o couro vegano, algodão orgânico e fios à base de algas marinhas.
As suas peças incluíam homenagens aos seus pais e estrelas da música rock, Paul e Linda McCartney, durante a sua turné com o Wings, na década de 1970.
Até logo
Naomi Campbell foi um dos destaques da passerelle com um deslumbrante vestido prateado de Alexander McQueen, cuja diretora artística, Sarah Burton, apresentou o seu último desfile após mais de uma década neste cargo.
O site Business of Fashion destacou-o como um "toque final extravagante e tipicamente corajoso de Burton", deixando as expectativas altas para a próxima liderança.
Também foi a despedida da estilista Gabriella Hearst na Chloe, onde a sua agenda de sustentabilidade recebeu elogios, embora não tenha gerado vendas suficientes para a mantêr na icónica casa francesa. A sua saída ocorreu apenas três anos após a sua nomeação.
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