O principal ausente será Raf Simons, que havia dado legitimidade ao evento ao seguir a iniciativa da Calvin Klein em trazer para as passerelles desfiles cheios de elegância.

Menos de dois anos depois da sua primeira coleção, o estilista belga abandonou o barco, após a decepção dos seus proprietários face às vendas da marca, que se reposicionou para o prêt-à- porter de alto luxo.

Também não estarão presentes Victoria Beckham, Monse, Rodarte e Rihanna, que se somam às baixas dos últimos dois anos, como Tommy Hilfiger, Zac Posen, Alexander Wang, Thom Browne e Joseph Altuzarra.

Mesmo os promissores e jovens talentos do "streetwear", desde a marca Off-White, de Virgil Abloh, a Public School, passando por Hood By Air, desistiram, assim como Pyer Moss, que foi uma das grandes sensações das duas últimas Semanas da Moda.

Algumas referências, como Tom Ford e Marc Jacobs, mantiveram, porém, o hábito de abrir e fechar o evento.

Tom Ford baseou-se na coleção de outono/inverno que assinou para a Gucci em 1996 e que, segundo o próprio, o consagrou como estilista de primeiro nível.

Vestidos fluídos e com as costas descobertas evocaram os modelos exibidos em Milão pelo estilista texano. O fato vermelho usado pela modelo Gigi Hadid também pareceu uma réplica do que foi apresentado há 23 anos.

A Semana da Moda, que termina no dia 13 de fevereiro, segue esta quinta-feira com Ralph Lauren.

"Infelizmente, a Fashion Week de Nova Iorque tornou-se um degrau a caminho de Paris. Tem que se estar em Paris para se ser levado a sério como estilista", disse o editor da revista StyleZeitgeis, Eugene Rabkin, acrescentando que, "durante muito tempo, a NYFW foi mais sobre negócios do que sobre criação".

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