Nasceu como um espaço mais descontraído do Zapata by Chakall, um espaço para saborear cocktails de assinatura de inspiração mexicana e para provar uma das maiores coleções de tequila do país. Com acesso direto pela Rua da Galeria de Paris, no Porto, a Cantina – Tacos & Cocktails aposta no lançamento de uma nova carta.

Com a frescura dos acordes de uma canção de Vicente García e a profundidade da voz de Consuelo Velazquez, “Una lucha sin máscaras” dá nome e espírito a esta coletânea de cocktails pensada tanto para saborear por si só, como para acompanhar a seleção de tacos ora mais ácidos ora mais picantes também disponíveis no espaço. Inês Moreira, considerada a barmaid do ano em 2017 pelo Lisbon Bar Show, é o rosto por detrás das criações, que aos 27 anos se desvenda com a carta mais madura do seu percurso profissional.

Todo o processo criativo teve início ainda no ano passado na primeira edição da “Lucha Libre”, iniciativa da Cantina que colocou a bartender anfitriã frente a frente com alguns dos principais nomes de referência nacionais e internacionais para duelos de cocktails. Desta vez, a luta despede-se de máscara e apresenta dez novas sugestões que evocam a personalidade de quatro lutadores mexicanos icónicos.

Tudo começa com “Olímpico”, secção onde se encontram os cocktails mais elegantes como La Pluma (10€), elaborado com Bombay Prémier Cru, licor de poejo, simple syrup, solução cítrica, perfume de lima e gysophila, uma delicada flor branca; e Água de Jalisco (14€), inspirado no clássico mexicano Água de Jamaica, mas com um toque mais aveludado, através da mistura de Corralejo Blanco, cordial de hibisco, uma fusão de água de coco e funcho, Creole Bitters e espumante brut.

A luta começa a ficar mais “caliente” com a entrada de “Psicosis”, lutador eleito para dar corpo aos cocktails mais tropicais de toda a carta. Encontramos uma Piña Descolada (10€), que traz uma nova roupagem ao já conhecido piña colada, com ingredientes como Bacardi com iorgurte grego, cordial de ananás e coco, Giffard Vanille de Madagáscar e um bombom de chocolate e coco feito dentro de portas. Pásion de Verano (12€) é a opção mais quente do menu com a presença de vinho aperitivo, uma referência às memórias da passagem de Inês Moreira pela Vermuteria, gastrobar que pertence ao mesmo grupo do bar mexicano. Na Cantina, as paixões eternas são, assim, servidas num copo de cerâmica com sabor a Plantation 3 Stars, Funkin Maracujá, Tio Pepe Palomino Fino, Vermute de gengibre, Fever Tree Ginger Beer e simple syrup.

As misturas mais surpreendentes são feitas no ringue de “Martha Villalobos” com Pistolero (10€), uma reinterpretação mais ousada da Margarita e, por isso, o cocktail com a prova mais desafiante de todos. As suas dimensões e texturas inusitadas devem-se à combinação de Milk Punch early grey, Dewar’s 8 years e Giffard Piment d’Espellete. O copo é mergulhado em Rim tajin com laranja para um disparo final fulminante.

E porque estas melodias não poderiam ser desfrutadas sem o pôr do sol do México, “Rey Fenix” é o último lutador que traz o final feliz proporcionado pelos cocktails de sobremesa: Puesta del Sol (12€), direcionado para os mais corajosos, já que mistura tequila Corralejo Reposado, vinho de café, Martini Bitter, humo (licor de chipotle) e gomo de laranja; e Pan de Muertos (14€), também mais doce com vinho do Porto, Cacao Blanc, espuma de orchata e perfume de cacau.

A carta fica completa com dois clássicos eleitos pelos visitantes da Cantina Zapatista: Paloma da Cantina (14€) e Taza da Cantina (12€), ambos elaborados com tequila silver.