A proteína é essencial para manter os nossos tecidos musculares. Não nos fornece energia (esse é o papel dos hidratos de carbono), mas é fundamental para a recuperação muscular e o seu desenvolvimento.
Esta é a razão pela qual é importante conhecer as fontes proteicas vegetais, pois a proteína de origem animal concentra em si todos os aminoácidos essenciais. No entanto, se privilegiarmos a proteína vegetal, devemos saber que alimentos conjugar para ter a proteína completa. Conjugar leguminosas e cereais é a forma mais fácil e rápida (arroz com feijão; millet com grão; lentilhas e bulgur, etc.) de alcançar este objetivo.
A quinoa, um “pseudo-cereal”, é originária da América do Sul, das montanhas dos Andes. O termo "quechua" na língua índia significa “mãe”. Desta forma, a quinoa é tida como um superalimento. Hoje em dia já temos produção local deste alimento, em Trás-os-Montes, e de forma biológica.
A semente da Chenopodium quinoa (uma planta da família do espinafre) é uma importante fonte de cálcio, magnésio, ferro, potássio, fósforo, zinco e vitaminas B1, B2, niacina e antioxidantes. É, também, baixa em calorias com um índice Glicémico Baixo.
Isenta de glúten, a quinoa conta com os nove aminoácidos essenciais ao organismo que não são produzidos pelo mesmo: leucina, isoleucina, lisina, histidina, metionina, valina, fenilalanina, treonina e triptofano.
Este “pseudo-cereal” existe em três cores – branca, vermelha e preta – e quanto mais clara for mais suave será o sabor da quinoa.
Quais os benefícios do consumo de quinoa?
O consumo regular de quinoa contribui para:
- O melhor funcionamento do cérebro (pelos níveis de ferro e promoção do transporte do oxigénio para as células);
- Prevenção da osteoporose (pelos elevados níveis de cálcio e magnésio);
- Regulação do sistema hormonal (alivia os sintomas da menopausa e da tensão pré-menstrual, por exemplo);
- Controlo de peso (pelo elevado nível de fibra insolúvel prolonga a sensação de saciedade);
- Formação dos ossos e dentes;
- Reforço da ação antioxidante, impedindo a destruição das células pelos radicais livres.
Como preparar a Quinoa?
Assim como o millet, a Quinoa possui ácido fítico (saponinas) que protege o cereal dos insetos e das altas temperaturas. Para que o ácido fítico (e o seu sabor amargo) seja retirado deve demolhar-se a Quinoa por uns minutos antes de a cozinhar – trocando a água várias vezes.
Coza no dobro da água por 15 minutos. Para potenciar o sabor e o aroma tostado, “frite” uns minutos na frigideira, antes de a cozer, como se faz com o arroz.
Pode usar como acompanhamento em saladas, hambúrgueres ou, ainda, em farinha para sobremesas ou pão.
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