É num espaço discreto, o Atelier Sá Pessoa, que o chefe de cozinha de 43 anos, promete novas experiências disruptivas, “brand experiences”, jantares pop-up a eventos de carácter artístico.
“Esta nova vida do Atelier marca o início de outra etapa, com novos desafios”, partilha Henrique Sá Pessoa. Pedro Larcher, chef I + D do Atelier, será um dos rostos presentes neste espaço.
Quando o chef Sá Pessoa abriu o Atelier em Marvila, em novembro de 2017, o seu objetivo era ter um espaço de criação, para experimentar sem distrações nem amarras, longe dos holofotes e da agitação do seu restaurante Alma.
Um espaço que pudesse servir também como “supper club” exclusivo, para acolher 12 comensais numa mesa única, em eventos privados ou jantares mais intimistas.
O Atelier permite, por exemplo, jantar com Henrique Sá Pessoa, nascido em Oeiras, há 43 anos e que num projeto de intercâmbio nos EUA, ainda na adolescência, assistiu pela primeira vez a uma palestra sobre gastronomia. Nesse momento despertou para a temática.
A partir daí, decidiu ingressar num curso no Pensylvania Institute of Culinary Arts. Depois, prosseguiu as suas aventuras pelo mundo anglo-saxónico e foi para Londres, mais precisamente para o Park Lane Hotel. Ali ficou até 1999.
Uma transferência na cadeia Starwood levou-o até à Austrália e ao Sheraton on the Park, em Sidney, onde viveu de perto o espírito dos Jogos Olímpicos. Neste país-continente, marcado por uma mescla de culturas e nacionalidades, mediterrânicas ou asiáticas, Henrique aprendeu o conceito de “cozinha de fusão”, em que ingredientes e técnicas de várias culturas se encontram.
Em 2002, Sá Pessoa regressa a Portugal para integrar a equipa do Lapa Palace, mas é em Cascais, no restaurante Xarope, que exerce pela primeira vez a função de chef de cozinha. Seguiram-se os espaços La Villa, no Tamariz (2004), o Bairro Alto Hotel (2005), que culminaram com a distinção de “Chefe Cozinheiro do Ano”.
Posteriormente, foi responsável pela cozinha do Panorama, do Hotel Sheraton, donde saiu em 2009, para abrir o Alma, servindo cozinha contemporânea. Mais tarde, inicia uma parceria com os donos do grupo Multifood, com quem começa a desenvolver projectos taylormade. Nasceram assim o Cais da Pedra, em Santa Apolónia, e Henrique Sá Pessoa Mercado da Ribeira.
Em 2015, o Alma muda-se para um edifício histórico no Chiado e um ano depois, conquista a sua primeira estrela Michelin. Em 2018, chegaria a segunda estrela.
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