Por ano são diagnosticados na Europa mais de 500.000 novos casos de cancro do intestino. Só em 2020, representou a perda de mais de 240.000 vidas, já para não referir os efeitos devastadores nas famílias e amigos que acompanham de perto a doença.
Em Portugal, são cerca de 10.000 os novos casos diagnosticados por ano e 17% das mortes causadas pelo cancro são do tipo colorretal.
"Ainda assim, o número de mortes pode diminuir e a taxa de casos tratados com sucesso pode aumentar, em cerca de 90%, se o rastreio for realizado atempadamente, o que não está a acontecer em Portugal, uma vez que existem colonoscopias em atraso, tal como falta de seguimento dos testes positivos ao rastreio que rondam os oito meses, o que ainda é mais grave pois estas pessoas não estão a ser tratadas nem apoiadas", alerta Vítor Neves, presidente da Europacolon Portugal.
É evitável e tem elevada probabilidade de cura
A Europacolon sensibiliza, no âmbito do Mês Europeu da Luta Contra o Cancro do Intestino, que este é um tipo de cancro evitável e com elevada probabilidade de cura quando diagnosticado e tratado em fases iniciais da doença, o que não está a acontecer em Portugal porque há atrasos de oito meses.
"É também muito importante manter um estilo de vida saudável e conhecer os principais sintomas, tais como: fezes mais finas que o normal, dores frequentes de gases, inchaço e cólicas ou sangue nas fezes", refere.
"No entanto, todas as pessoas com idades entre os 50 e 74 anos, mesmo sem sintomas e com histórico familiar da doença, devem insistir em marcar uma consulta regular para que seja realizado um rastreio e para que seja dado o devido seguimento e tratamento a um teste positivo", diz.
Apoio disponível
O representante da Europacolon afirma que "na nossa associação estamos sempre disponíveis para falar com os doentes para que este diagnóstico deixe, cada vez mais, de ser uma sentença de morte e para que todos os doentes e cuidadores tenham apoio".
"Destaco, por exemplo, o nosso mais recente projeto de apoio ao doente com cancro colorretal metastático em regime de Cuidados Paliativos, no domicílio, que permite dotar os doentes e cuidadores de ferramentas essenciais para lidarem com a doença", conclui.
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