A pandemia de COVID-19 também teve grande impacto nas crianças. A escassez de alimentos e remédios causou a morte de 286 mil menores de 5 anos, segundo o estudo anual da ONG holandesa.
O índice KidsRights classifica anualmente 185 países segundo o seu cumprimento da Convenção Internacional sobre os Direitos das Crianças, com base em dados da ONU. Islândia, Suécia, Finlândia e Holanda lideram a classificação de 2022, que termina com a República Centro-Africana, Serra Leoa, Afeganistão e Chade.
O estudo de 2022 é "alarmante para as nossas gerações atuais e futuras de crianças", assinalou Marc Dullaert, fundador e presidente da KidsRights. "Um clima que muda rapidamente ameaça, agora, o seu futuro e os seus direitos básicos".
“Não houve nenhum progresso significativo no padrão de vida das crianças na última década. Além disso, os seus meios de vida foram afetados gravemente pela pandemia", acrescentou Dullaert.
Pela primeira vez em duas décadas, o número de crianças que trabalham subiu para 160 milhões, o que representa um aumento de 8,4 milhões nos últimos quatro anos, segundo o índice KidsRights.
O estudo destaca, no entanto, o progresso de alguns países, como a Bolívia, que reduziu para quase metade o número de acidentes de trabalho infantis, ou Angola, que reduziu em mais de metade a mortalidade dos menores de 5 anos.
A Suíça, que ficou em segundo lugar no ano passado, caiu para 31º, "devido à aplicação insuficiente do princípio do 'interesse superior das crianças' nas decisões que as afetam", informou a ONG.
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