A decisão foi conhecida na terça-feira e confirmada hoje à Lusa pelo gabinete de comunicação da Universidade Católica Portuguesa (UCP).
Para a reitora da UCP, Isabel Capeloa Gil, a decisão agora conhecida “robustece o sistema de Ensino Superior, permitindo que mais jovens se possam formar em Portugal e garantindo a supervisão da qualidade daqueles que praticam medicina no nosso país.”
Termina assim um processo iniciado há quase dois anos. A Católica apresentou um pedido inicial de acreditação em outubro de 2018, tendo esperado mais de um ano pela decisão da A3ES.
Em dezembro do ano passado, o Conselho de Administração da A3ES “chumbou” a acreditação do curso, tendo acatado os dois pareceres negativos que recebeu: um da Ordem dos Médicos e outro da comissão de avaliação de peritos nomeada pela agência.
Entre as falhas apontadas nos dois pareceres negativos estavam questões pedagógicas, a discordância da Ordem dos Médicos em relação a uma disciplina e ao tempo insuficiente de contacto com a prática clínica, em hospitais, de acordo com a proposta inicial entregue.
Foi ainda considerada a sobreposição de oferta, uma vez que a abertura do curso representaria uma terceira formação em Medicina na região de Lisboa, e o facto de “parte do pessoal docente da nova faculdade ser retirada da Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa”.
A UCP decidido então apresentar uma nova proposta para acreditação do curso de Medicina, que foi agora aceite.
Segundo o gabinete de comunicação da Católica, este curso de medicina, que envolve uma parceria com a Universidade de Maastricht e o Grupo Luz Saúde, “distingue-se dos currículos tradicionais por ter uma abordagem mais prática e integrada desde os primeiros anos”.
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