São apelidados por Big Five os cinco tumores malignos do aparelho digestivo que por dia matam 30 portugueses.

"Números preocupantes" avançados no âmbito do Dia Mundial do Cancro Digestivo pela Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG). "Incrementar a informação e consciencialização da população, identificar de forma precoce e atempada para o seu tratamento e sobretudo para a sua prevenção são as ferramentas propostas para combater estas condições oncológicas tão importantes na vida dos indivíduos e das suas famílias", alerta a SPG em comunicado.

Pedro Narra Figueiredo, presidente da SPG, esclarece que "em Portugal, um terço de todos os cancros são do Aparelho Digestivo".

"Anualmente, estes cancros são responsáveis por cerca de 10% das mortes, em que o cancro do estômago, do cólon e doenças do fígado são responsáveis por três de dez causas principais de morte", refere.

"Serão estes números uma fatalidade? O que podemos fazer para alterar esta situação? Será que conseguimos melhor na prevenção e/ou no diagnóstico precoce? Nalguns casos tal é possível, noutros não estamos ainda nessa fase. A função dos médicos gastrenterologistas é fundamental no sentido de prevenir, diagnosticar e, nalguns casos, tratar estas doenças. A conjugação de esforços com outros especialistas, cirurgiões, radiologistas, oncologistas entre outros, é da maior importância para conseguir alcançar o objetivo de melhor cuidar estes doentes", acrescenta.

Cancro digestivo

Esófago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto, são o conjunto dos cinco principais órgãos do aparelho digestivo onde incide o cancro digestivo, responsável pela crescente mortalidade oncológica mundial, que mata mais de 10 000 portugueses por ano (cerca de 30 por dia). Dois destes cancros, pâncreas e fígado, são dos mais mortais com esperança média de vida inferior a um ano.

"Os objetivos da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia são, por um lado, apoiar e promover o desenvolvimento das competências nestas áreas profissionais, apostando reconstituição da vertente formativa dos especialistas e, por outro, consciencializar a população sobre a oncologia digestiva, sensibilizar todos os portugueses para a importância da saúde digestiva para o seu bem-estar e qualidade de vida", conclui o comunicado da SPG.

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