O cancro está a matar menos gente nos EUA e a última queda registada é uma das maiores dos últimos anos. De acordo com o último relatório anual da American Cancer Society, instituição norte-americana que reúne profissionais de saúde que lidam diariamente com esta patologia, referente a 2017, agora divulgado, a taxa de mortalidade desceu 2,2%, acentuando a tendência de redução registada desde 1992, o primeiro ano em que o número de mortes diminuiu.

Entre 1991 e 2017, morreram, segundo as estimativas deste organismo, menos 2,9 milhões de pessoas. Há 29 anos, o número de mortes causadas por doenças oncológicas era de 215 por 100.000 habitantes. Há três anos, esse número desceu para as 152. Uma das causas apontadas é a diminuição do número de fumadores. Outra das explicações prende-se com os diagnósticos mais precoces e com os avanços médicos que deram origem a novas terapêuticas e despistes.

O cancro dos pulmões, o cancro de mama, o cancro da próstata e o cancro colorretal foram os tipos de cancro onde a taxa de mortalidade mais desceu nos últimos anos. "O número de sobreviventes aumentou desde meados da década de 1970 em todos os tipos de cancro, com exceção do cancro do colo do útero e do cancro do corpo do útero", refere o relatório. Entre 2008 e 2017, registaram-se, todavia, números que estão a preocupar os profissionais de saúde.

Neste período, a taxa de mortalidade de doentes com cancro do fígado, cancro do corpo do útero, cancro do intestino delgado, cancro do ânus, cancro do pénis, cancro do cérebro, cancro dos olhos, cancro na boca e cancro na faringe aumentou, avança ainda o documento. Na origem de muitas dessas mortes esteve o vírus do papiloma humano (HPV). Outro dos tipos de cancro onde o número de mortes cresceu foi o cancro do pâncreas, mas apenas nos homens.